O Projeto Raízes de Áfricas realizou nesta terça-feira (19/06)-Dia Mundial da Doença Falciforme - a segunda reunião técnica da Cartilha Omirá- Ciclos de Vida: A Saúde Afro-Brasileira, da Gestação à Infância para a apresentação de resultados já obtidos .
Doença genética que mais acomete a população de forma prevalente em pessoas negras e pardas , a Falciforme é uma das doenças elencadas na Cartilha Omirá pela médica Dra. Rosana Quintella Brandão Vilela, hematologista, hemoterapeuta , diretora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas e referência no trato da anemia falciforme, atinge cerca de 300 mil crianças nascidas a cada ano. A estimativa é que 50% delas cheguem a óbito antes dos cinco anos de idade.
A reunião acontecida nas dependências da Secretaria de Estado da Saúde contou, ainda com a participação do médico pediatra Cláudio Fernando Rodrigues Soriano, professor da Universidade de Saúde de Alagoas- UNCISAL e presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente/AL e da professora Ângela Maria Benedita Bahia de Brito , da Universidade Federal de Alagoas e militante histórica do movimento negro
Na reunião foi informado da participação na equipe do Projeto Omirá da médica carioca Jurema Pinto Werneck, referência nacional no trato das doenças que afligem a população negra e representante do Movimento Negro no Conselho Nacional de Saúde.
Idealizada pelo Projeto Raízes de Áfricas, representação do movimento negro alagoano, a Cartilha Omirá surgiu de uma parceria com a Secretaria de Estado da Saude,AL órgão promotor e garantidor da saúde no estado de Alagoas.
Seu objetivo é a produção de conhecimentos, a democratização da informação à população, como também estabelecer um diálogo com a atenção básica da saúde pública, instigando para os determinantes genéticos relacionados às doenças de maior prevalência no gestacional e infância da população negra.
O lançamento está previsto para acontecer no mês de julho, em Alagoas e agosto na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais.