Marcílio Barenco quando gestor da Polícia Civil do estado de Alagoas foi um dos grandes apoiadores do Projeto Raízes de Áfricas.
Ouvinte, respeitosamente, atento dos desvios sem vírgulas ou parágrafos percorrido pelo camaleônico racismo que se veste tipo-padrão-apartheid-social, Barenco foi extremamente diligente e compromissado ao perscrutar os caminhos estruturantes das possibilidades institucionais.
Buscou estabelecer espaços legítimos para que as canções dos ancestrais africanos fizessem ecos na linguagem europeizante das Alagoas dos Palmares.
A parceria com a Polícia Civil na gestão de Marcílio Barenco sempre foi baseada no diálogo e no respeito mútuo, sem improvisações para elaborar personagens, nem possíveis enredos demagógicos.
Foram quase cinco anos de muitos desafios e inúmeros aprendizados na complexidade do olhar social para a prática do racismo institucional.
Uma parceria que pontuou um importante momento de transição revisional da relação entre o movimento social negro e o quinhão do estado, administrado por Barenco.
Com a sua nomeação, por concurso público, para o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, Marcílio Barenco deixou a pasta da Polícia Civil, em Alagoas.
Em dez de janeiro recebi seu convite para transmissão de cargo no Palácio República dos Palmares e lá estive.
A terceira edição do Ciclo Nacional de Conversas Negras: Agosto Negro Ou o Que a História Oficial Ainda Não Conta tem todas as probabilidades para acontecer, no mês de agosto, em Belo Horizonte, Minas Gerais, ação incorporada no estado mineiro pela Jornalista Mônica Aguiar, liderança do movimento negro.
São as proposições da reunião preparatória que acontece na sexta-feira, 15 de junho determinantes para estabelecer os rumos dos trabalhos.
Por ofício solicitamos apoio logístico ao subprocurador do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, Marcílio Barenco e além de pronto atendimento recebemos a seguinte mensagem: “Conte comigo no que precisar”.
Saudades e forte abraço, Marcilio Barenco”
Foi-se Marcílio Barenco para Belo Horizonte.
E em nós ficou a certeza do processo colaborativo do amigo e parceiro, além fronteiras.
Obrigada, Barenco!