O advogado Marcelo Brabo, que atua na defesa do prefeito afastado de Rio Largo, Toninho Lins (PSB), ingressará no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) com um agravo de instrumento com objetivo de retirar a recém-empossada prefeita do município, Maria de Fátima, do cargo e devolver o posto a seu cliente. Toninho está preso há quase um mês e já teve um pedido de Habeas Corpus negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
De acordo com Brabo, até a próxima sexta-feira (15) o agravo será protocolado no Tribunal e neste momento a defesa trabalha no estudo da decisão que afastou Toninho do cargo da prefeitura. “Estamos esperando também algumas informações que solicitamos à prefeita que ora ocupa o cargo. Acreditamos num resultado positivo, que sairá em breve”, destacou o advogado.
O afastamento do prefeito aconteceu em decorrência da decisão do juiz Ayrton Tenório, que ocupa 2ª Vara da Comarca do município. Em seu despacho, o magistrado alega que determinou o afastamento até que o processo que investiga uma provável improbidade administrativa envolvendo o prefeito seja concluída.
A denúncia foi formalizada pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual, por meio do promotor José Carlos Castro, que está responsável pelo caso. Toninho Lins está preso desde o último dia 23, na Academia da Polícia Militar, no bairro do Trapiche, em Maceió.
O prefeito teve a prisão decretada por suspeita de envolvimento em um esquema de venda ilegal de terrenos. Uma área que valeria R$ 21 milhões foi desapropriada e vendida por apenas R$ 700 mil. A Justiça também decretou a prisão preventiva de 10 vereadores de Rio Largo, sete deles foram detidos, mas dois já estão em liberdade.
No dia da prisão, membros do diretório do PSB decidiram, por unanimidade, afastar o prefeito de Rio Largo, Toninho Lins, do partido por tempo indeterminado. De acordo com a presidente do PSB em Alagoas, Kátia Born, o partido tem uma conduta ética ímpar que deve ser seguida por todos os membros.
Um dia após o prefeito ter se apresentado à Justiça, novas denúncias surgiram contra o gestor, quando representantes do Movimento contra a corrupção e violência no município protocolaram no MP documentos que comprovariam irregularidades desde o início da gestão de Toninho.










