O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Jorge Carrasco, disse ao Terra , na manhã deste sábado, que não irá mais falar à imprensa sobre a morte do empresário da Yoki, Marcos Matsunaga, assassinado e esquartejado pela mulher, Elize Matsunaga. Ela confessou o crime na última quarta-feira. "Já falei com a imprensa ontem e não vou mais falar sobre o caso", revelou, por telefone, o diretor Carrasco, que ontem concedeu entrevista à TV Globo .
Ao Jornal da Globo , o delegado disse que o caso estava encerrado e que a polícia iria pedir a prisão preventiva da bacharel em direito e técnica em enfermagem. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), a polícia aguarda os resultados dos laudos da perícia e decidiu que não há necessidade de novos depoimentos. Ao todo, sete pessoas foram ouvidas.
Empresário é esquartejado
Executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, foi considerado desaparecido em 20 de maio. Sete dias depois, partes do corpo foram encontradas em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo a investigação, o empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado. Principal suspeita de ter praticado o crime, a mulher dele, a bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, 38 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça no dia 4 de junho. Ela e Matsunaga eram casados há três anos e têm uma filha de 1 ano. O empresário era pai também de um filho de 3 anos, fruto de relacionamento anterior.
De acordo com as investigações, no dia 19 de maio, a vítima entrou no apartamento do casal, na zona oeste da capital paulista e, a partir daí, as câmeras do prédio não mais registram a sua saída. No dia seguinte, a mulher aparece saindo do edifício com malas e, quando retornou, estava sem a bagagem. Durante perícia no apartamento, foram encontrados sacos da mesma cor dos utilizados para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo. Além disso, Elize doou três armas do marido à Guarda Civil Metropolitana de São Paulo antes de ser presa. Uma das armas tinha calibre 380, o mesmo do tiro que matou o empresário.
Em depoimento dois dias depois de ser presa, Elize confessou ter matado e esquartejado o marido em um banheiro do apartamento do casal. Ela disse ter descoberto uma traição do empresário e que, durante uma discussão, foi agredida. A mulher ressaltou ter agido sozinha.