A sede administrativa da Associação Pestalozzi de Maceió, situada no Poço, em frente ao Ministério Público, foi arrombada nesta madrugada. Uma guarnição da Polícia Militar esteve no local, pouco depois das 10 horas, com um oficial e dois soldados. Olharam o local e recomendaram à presidência da Pestalozzi:

“A senhora devia ligar para o governador. E se tivesse aqui um parente do governador ia ouvir do mesmo jeito, que a culpa é de quem não realiza concursos. Vocês tem que contratar segurança particular”.

A Pestalozzi tem os serviços da Servipa, mas o alarme da segurança eletrônica não disparou. A empresa ainda não explicou porque.

Os ladrões levaram três computadores completos, cartão de crédito da presidenta, cheques de doações à instituição, e quebraram os vidros de uma janela e uma porta. Um deles ainda deixou um pé de sandália havaiana preta na sala.

Os dois policiais que entraram na sede arrombada estavam sem a identificação no uniforme, e alegaram que o problema não era da competência deles. Também informaram que a entidade não teria acesso ao relatório que iriam preparar, com circulação interna.

Para entrar na sede da Pestalozzi os ladrões empurraram o ar refrigerado, que caiu danificando uma mesa, e uma impressora jato de tinta.

“Se a própria PM manda a gente reclamar com o governador, o que podemos fazer?”, pergunta a presidenta da Pestalozzi, a psicóloga Tereza Amaral.

OUTROS ASSALTOS

Há cerca de três anos a unidade do Farol da Pestalozzi de Maceió foi assaltada, por bandidos com armas na mão. Levaram o carro de um usuário e alguns pertences. Também ameaçaram de morte um recepcionista cego.

Um segundo assalto ocorreu há dois anos, na mesma sede do Poço. Os bandidos com armas na mão colocaram todos os funcionários em uma sala, arrobaram gavetas, e saíram levando computadores quando ouviram a sirene da polícia. Um dos funcionários confinados na sala conseguiu pedir socorro pelo seu celular.

“Já tivemos, também, assaltos a funcionários nosso na saída do trabalho. Informamos tudo à polícia. Mas nunca investigaram nada, nem responderam a nossas comunicações”, afirma Tereza Nelma.