Uma semana após o crime que vitimou o médico José Alfredo Vasco, assassinado no corredor Vera Arruda no último sábado (26), no Stella Maris, o clima de apreensão aumentou na região e, aparentemente, tudo continua do mesmo jeito. Porém, a Polícia confirma que o trabalho de segurança no local sempre foi feito, mesmo com militares trabalhando no limite.

O CadaMinuto conversou com uma moradora da região, que confirmou um clima geral de medo e que tudo continua da mesma forma, sem segurança no corredor Vera Arruda.

“Pelo que eu vi continua do mesmo jeito. Assim que cheguei para morar aqui, eu constatei que a segurança era ruim, quando um homem furtou uma bicicleta do meu prédio e saiu pedalando, sem problemas. Agora, vem esse crime brutal e há dois dias me acordei de madrugada com barulho de tiros. Continua tudo do mesmo jeito”, afirmou a moradora, que por segurança, preferiu não revelar a identidade.

Diante da repercussão que ganhou o assassinato do médico José Alfredo Vasco, com grandes mobilizações via redes sociais, passeatas, além de críticas ao governo do estado e à Polícia Militar, o coronel Gilmar Batinga, que responde pelo Comando de Policiamento da Capital (CPC), afirmou que o trabalho vem sendo feito na região.

“Infelizmente, aconteceu esse crime brutal, que ganhou grande repercussão. Sempre tivemos homens naquela região e depois disso, reforçamos, fizemos um alinhamento, tiramos homens de onde não podíamos para reforçar essa área. Mas, fizemos imagens do local e através de um ofício solicitamos à Prefeitura de Maceió que faça uma limpeza no local, instale luminárias e remaneje alguns agentes da guarda (municipal) para ajudar na segurança e manutenção de um patrimônio do município”, disse Batinga.

O coronel ainda foi questionado sobre a reativação do PM Box que existe no local, mas foi desativado há anos. “PM Box não garante segurança. Para colocar um posto como esse, teríamos que mudar a escala de policiais. Sem falar, que a segurança de um PM Box só pode ser feita em 50 metros de distância. Sempre expliquei isso, mas as pessoas não entendem”, afirmou.

Por fim, o coronel reforçou o trabalho ostensivo que vem sendo feito pela PM e criticou a pressão que os militares estão sofrendo com os números da violência no Estado. “Nós estamos vendo o que está acontecendo e estamos combatendo. Em nenhum momento paramos e deixamos os cidadãos desprotegidos. Estamos trabalhando, muito e no limite”, finalizou Batinga.