O ex-demo Demóstenes Torres apelou até para os céus.

30/05/2012 12:42 - Raízes da África
Por Arísia Barros

Uma análise sobre o depoimento de Demostenes Torres feita pelo jornalista, Altamiro Gomes presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, militante do PCdoB.
Compartilho, asseverando que a justiça tem que deixar de ser cega. Deixará?

O cinismo do jagunço Demóstenes

Altamiro Borges*
Em seu patético depoimento na manhã de ontem ao Conselho de Ética do Senado, o ex-demo Demóstenes Torres, famoso assassino de reputações, pediu clemência aos seus pares. “Eu pude ver o quanto fui cruel com os outros. Isso fazia com que essas pessoas pudessem ficar com uma imagem ruim”, desculpou-se, tentando sensibilizar os parlamentes vítimas de seus ataques que agora podem cassar o seu mandato.
“Eu não tinha lanterna da popa”
De um cinismo impressionante, o ex-paladino da ética jurou que desconhecia as atividades criminosas do amigo Carlinhos Cachoeira. Garantiu que só depois da prisão do mafioso e das revelações da Operação Monte Carlo é que tomou consciência da suas perigosas ligações.
“Eu não tinha uma lanterna da popa, não tinha como saber no que eu me relacionava com esse empresário e que ele mantinha relações com cinco governadores”, disse Demóstenes. “Hoje, com essa lanterna na popa, eu dou conta de ver, mas antes, com essa lanterna na proa, eu não via”, afirmou, na maior caradura.
“Eu redescobri Deus”
Durante todo o depoimento, ele usou um tom emocional para convencer os parlamentares da sua inocência. O ex-demo apelou até para os céus. “Eu redescobri Deus. Parece um fato pequeno, mas minha atuação era mais pautada pelos homens que pela fé”. Piegas e choroso, Demóstenes tentou se passar por vítima.
“Devo dizer aos senhores que vivo o pior momento da minha vida, que eu jamais imaginaria passar por isso. A partir de 29 de fevereiro desse ano [quando a Operação Monte Carlo foi deflagrada pela PF], eu passei a enfrentar algo que nunca tinha passado em toda minha vida. Depressão, remédio para dormir que não funciona, fuga dos amigos. É talvez a campanha sistemática mais orquestrada da história do Brasil”.
O “senador ficha limpa”, que até pouco tempo era bajulado pela mídia demotucana, não explicou nenhum de seus crimes – o seu vertiginoso enriquecimento, o tráfico de influência junto aos poderes da República, suas relações sinistras com empresários e setores da imprensa. O Conselho de Ética ouvirá agora as acusações que pesam contra Demóstenes Torres. O jagunço de reputações parece caminhar para o fim de carreira.

http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=67414

Fonte: Combate ao Racismo Ambiental

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