O comandante e o imediato do navio panamenho, onde um estivador morreu na semana passada, foram ouvidos pela Polícia Federal, na manhã desta segunda-feira (28). As oitivas dos tripulantes da embarcação foram conduzidas pelo delegado Felipe Vasconcelos Correia. Testemunhas do acidente, que vitimou fatalmente Fábio de Freitas Silva, também serão intimadas a prestar esclarecimentos sobre o caso.
De acordo com Correia, os dois tripulantes revelaram que não presenciaram o momento em que o estivador foi soterrado por parte de uma carga de fertilizantes. “Foi o que eles nos disseram e contaram ainda que esse foi o primeiro acidente do tipo registrado no navio”, colocou o delegado acrescentando que, após os depoimentos, a embarcação foi liberada para seguir viagem, uma vez que estava retida no Porto de Maceió desde a morte do trabalhador.
O delegado afirmou ainda que mesmo tendo sido um acidente, a investigação prossegue para saber se houve falha humana ou mecânica no equipamento durante a retirada da carga. “Temos que ver se, de repente, o guindaste apresentou alguma falha. Existe também a possibilidade de falha humana por parte do operador da máquina, mas tudo isso vai ser apurado”, disse.
Um laudo, resultado do trabalho feito pelos peritos da PF no dia da morte do estivador, irá ajudar nas investigações.
O caso
O estivador Fábio de Freitas Silva, 28, morreu, na última sexta-feira (25), no porão do navio Hangin Marugame, atracado no Porto de Maceió. Silva faleceu após ser soterrado enquanto trabalhava. Outros funcionários, que estavam no local, conseguiram escapar.
Equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu foram acionadas, mas quando chegaram ao local encontraram o trabalhador em óbito.












