Faleceu as 6:40 da manhã desta segunda-feira em Boca da Mata , aos 95 anos de idade, um dos mais talentosos e conhecidos artesãos de Alagoas, Manoel Cavalcante de Almeida, conhecido como Manoel da Marinheira. 

Mestre Manoe, como era conhecido, foi um dos maiores artesãos de todos os tempos no estado, tendo seu talento eternizado nas inúmeras obras de arte entalhadas no tronco da jaqueira, matéria-prima de suas peças.

Seu trabalho é conhecido não somente no Brasil, mas em diversos países, principalmente da Europa, e foi multiplicado através de seus discípulos, que seguiram primorosamente cada detalhe na arte de esculpir a madeira, dada a ela vida através das imagens de animais e da natureza, fonte principal de sua inspiração.

O prefeito José Maynart Tenório decretou luto oficial de três dias em Boca da Mata e lamentou a morte do artesão. "O legado deixado pelo Mestre Manoel tem um valor incalculável, a disseminação de seu talento através de seus filhos, a honradez e a integridade que foram sua marca assim como suas obras.

Boca da Mata hoje perde um filho ilustre, mas ganha uma página brilhante em sua história, e isso, assim como as obras do Mestre, jamais serão esquecidas. Nossas condolências a todos os familiares", finalizou emocionado o prefeito. Manoel da Marinheira deixa esposa, 15 filhos, 36 netos e 6 bisnetos, além de genros e noras. Seu corpo está sendo velado em sua residência em Boca da Mata, e será sepultado nesta terça-feira, dia 29, as 9 da manhã no cemitério municipal.ndo velado na Igreja MatrizO corpo do Mestre Manoel da Marinheir

Corpo Velado Igreja Matriz

Corpo de Manoel da Marinheira está sea está sendo velado neste momento na Igreja Matriz de Santa Rita de Cássia em Boca da Mata, e será sepultado as 9 horas da manhã desta terça-feira, no cemitério municipal.

Centenas de pessoas já visitaram o local para dar adeus a um dos maiores artesãos alagoanos de todos os tempos. Entre os presentes estava o industrial Jorge Tenório Maia, maior colecionador de suas obras de arte e fundador do Museu Manoel da Marinheira, que expõe dezenas de peças do artesão.

Emocionado, o industrial conversou com os familiares de Manoel da Marinheira e comentou: "O mestre descansou. Essa perda não se comenta, só se sente", finalizou Jorge Tenório.

Colaboração de André Rocha

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