Atualizado às 21h18.

Todos os integrantes da Câmara de vereadores da cidade de Rio Largo tiveram a prisão decretada na noite desta quinta-feira (17). Os mandados de prisão foram expedidos pelos juízes da 17ª Vara, após denúncia do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público.

De acordo com informações apuradas pelo CadaMinuto, além dos 10 parlamentares, quatro empresários são alvos de mandados judiciais. Militares da Força Nacional (FN) cercaram o prédio da Câmara para dar cumprimento às medidas e detiveram Nilton Pontes, Cícero Inácio, Aloísio Experidião, Jeferson Alaexandre, Reinaldo Cavalcante, Ionadi Cardoso e Nilton da Famárcia. Dois empresários, Marcelo Lessa e outro que não teve o nome revelado, também já foram presos.

"Não sabia que era algo irregular. A gente votou pela venda do terreno porque pensou que era algo positivo pra a cidade", defendeu-se Pontes.

Os vereadores Lula Leão, que é presidente da Câmara,Thales Diniz e Maria das Graças  ainda não foram localizados pela Polícia. Lula e Thales faltaram à sessão e são considerados foragidos da Justiça. Já Maria das Graças, que está de licença médica das atividades parlamentares, se comprometeu a comparecer às solicitações do Gecoc.

As prisões ocorreram após investigações sobre irregularidades na Prefeitura e na Câmara de Rio Largo. A desapropriação de um terreno no município está entre os negócios feitos de maneira ilícita e com a participação dos acusados.

Os presos chegaram ao Instituto Médico Legal (IML), em Maceió, em um microônibus,para fazer exame de corpo de delito e logo depois foram encaminhados para o Sistema Prisional.

Além da acusação de desvio de verbas, os vereadores e os demais presos deverão responder por formação de quadrilha.

Investigações

O Ministério Público iniciou as investigações sobre a venda de terrenos em Rio Largo, após o recebimento de denúncias. O prefeito de Rio Largo, Toninho Lins, teria vendido um terreno que vale cerca de 21 milhões a uma empresa pelo valor de R$ 70 mil. O negócio teria sido feito com o aval dos vereadores da cidade.