Independentemente dos resultados ou da pressão exercida pela imprensa italiana, Felipe Massa continuará na Ferrari pelo menos até o fim de 2012. Essa é a projeção de Oriol Puigdemont, especialista em Fórmula 1 do jornal El País, um dos mais vendidos da Espanha.

Nesta segunda-feira, o site do diário publicou uma entrevista na qual os internautas mandaram perguntas a Puigdemont. Um deles queria saber se a Ferrari "tomará alguma decisão com Massa tendo em conta o seu rendimento e o alto desempenho que vem realizando Alonso com a equipe de Maranello.

Sobre isso, o jornalista respondeu que se trata de um "tema delicado porque o contrato de Massa com a Ferrari está blindado". O brasileiro tem vínculo assinado até o fim desta temporada e tem como agente "Nicolas Todt, filho de Jean Todt", ex-chefe da Ferrari e atual presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), conforme ressaltou o especialista.

Na sequência, Puigdemont destacou ainda um segundo motivo, dizendo que "Massa é um companheiro muito cômodo para Alonso porque não o coloca em dificuldades". O espanhol apontou que "Ferrari não poderá ao lado do asturiano ninguém que discuta a liderança" do europeu, bicampeão mundial pela Renault em 2005 e 2006, cujo contrato com a escuderia italiana expira em 2016.

Nesta temporada, a Ferrari admitiu ter fabricado um carro com desempenho "decepcionante", mas mostrou evolução a partir do novo pacote aerodinâmico, cuja estreia foi no Grande Prêmio da Espanha, no último domingo. Alonso largou e terminou na segunda posição da prova na Catalunha, enquanto que Massa começou em 16º, foi punido com um drive through, e cruzou a linha de chegada em 15º.

Depois de cinco etapas disputadas em 2012, o espanhol soma 61 pontos, mesmo número do alemão Sebastian Vettel, mas perde a liderança para o piloto da Red Bull nos critérios de desempate. O brasileiro coleciona dois pontos e ocupa a 17ª colocação.

Na mesma entrevista, outro internauta questionou Puigdemont sobre qual seria o verdadeiro potencial do modelo F2012. O jornalista analisou que o nível do carro está "meio do caminho entre o que tira Alonso e Massa". O especialista apontou que a Ferrari "não vai tão mal como parece nas mãos do brasileiro, enquanto que o espanhol tira mais do que o normal".