"A PF não grampeia telefones de maneira arbitrária", diz delegado

14/05/2012 02:07 - Polícia
Por Redação
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As escutas telefônicas utilizadas pela polícia para chegar a responsáveis por crimes continuam causando polêmica, embora só possam ser feitas se autorizadas pela justiça. Muitos políticos são monitorados durante investigações, a exemplo do que aconteceu na Operação Monte Carlo, que desbaratou um esquema de corrupção comandado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Em Alagoas, em boa parte das operações, como a “Taturana”, que descobriu um desvio de mais de R$ 300 milhões da Assembleia Legislativa, o recurso foi utilizado. Mas, o delegado da Polícia Federal, Daniel Grangeiro explicou que essa não é uma prática da polícia, que teria outras formas de investigação.

“A escuta telefônica só é usada com autorização prévia do juiz e tudo é feito com o auxílio da operadora de telefonia”, informou.

Segundo o delegado, o “grampo” já foi mais relevante nas investigações, mas após a grande repercussão na mídia, acerca da sua legitimidade, passou a ser deixado em segundo plano. Grangeiro disse ainda, que as escutas são utilizadas em casos excepcionais, que podem resultar em reclusão, de acordo com a Lei 9296/96.

“Existem as provas técnicas e as investigações nas ruas. Na Operação Monte Carlo a utilização da escuta vazou e não foi pela PF. Muitas vezes outras pessoas têm acesso aos processos, que correm em segredo de justiça, inclusive os advogados”, explicou o delegado.

Ele lembrou que uma pessoa que faz uma ameaça não pode ter o telefone grampeado, por se tratar de um crime passível de detenção. “A PF não grampeia telefones de forma arbitrária e ilegal e sim, cumpre determinações judiciais. A divulgação nesses casos, só atrapalha e não vale a pena”, afirmou.
 

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