O PAM Salgadinho, o único posto de saúde especializado no Estado pelo sistema tripartite (União, Estado e Município) do SUS, tem sido alvo de frequentes denúncias de usuários apontando irregularidades no funcionamento do posto, que é gerido pela Prefeitura de Maceió. Alguns serviços essenciais da unidade de saúde, segundo os usuários, estão há meses sem atendimento por motivos que ninguém sabe explicar.

No início deste mês, inclusive, o posto foi alvo de uma fiscalização, mas ninguém sabe nada a respeito do resultado. Revoltados, os usuários reclamam nos corredores do posto e nas emissoras de rádio. Um deles queixa-se da ausência do diretor-geral, conhecido por Max, dizendo que ele nunca é encontrado no posto e nem mesmo os funcionários da unidade de saúde conhecem o diretor.

No Bloco L, no Serviço de Diagnóstico, de acordo com a denúncia dos usuários, somente o Serviço de Eletrocardiograma está funcionando. O de R-X só atende nas pequenas extremidades e o de Ultrassonografia está sem funcionar há mais de 6 meses. A marcação de exames pelo CORA é autorizada para clínicas particulares. Com isso, os médicos e técnicos do setor só comparecem ao PAM para assinar a freqüência.

Outra deficiência denunciada pelos usuários é no setor de Oftalmologia, que também está sem funcionar por falta de conserto dos aparelhos nas duas salas que ocupa no Bloco D. Os médicos do setor, a exemplo de seus colegas do R-X e da Ultrassonografia, só vão ao posto assinar a freqüência. Eles não têm culpa pelo que está acontecendo, pois o problema é de gestão, e não por falta de profissional.

O Programa Brasil Sorridente também está de boca fechada, ou melhor, entreaberta. Lá, os dentistas só fazem pequenos procedimentos, como R-X, extração e limpeza. Mas não dispõem de material para fazer canal ou prótese. Os usuários não aceitam a desculpa de que está faltando material, pois acham que o dinheiro do governo federal para o programa chega normalmente ao posto.

acesse>twitter>@Bsoutomaior