Um comentário do militante negro, Paulo Roberto, da lista de discriminaçãoracial, da qual participo. Esse momento ímpar na história da escravatura brasileira merece ser transformado em outdoor para que todas as pessoas percebam que essa ação só se deu a partir de uma reação/união do grupo social em nome de uma causa e que mais nvitórias aconteçam. Eis o comentário do Paulo:

A futuróloga, (ops!), antropóloga Yvonne Maggie, que o Globo elegeu "especialista" na questão racial brasileira, afirma hoje, em entrevista ao isento jornal, que, com a decisão do Supremo, o Brasil vai virar uma Ruanda ou África do Sul.
Isso nos induz a refletir sobre capacidade dos cientistas sociais de fazerem previsões. Acreditarmos neles, por exemplo, em 1996, num Seminário Internacional promovido pelo Ministério da Justiça e aberto pelo então presidente FHC, intitulado Multiculturalismo e Racismo: O Papel da Ação Afirmativa nos Estados Democráticos. Afirmou-se que seria impossível o Brasil adotar políticas de ação afirmativa "num futuro previsível". Isso foi reiteradamente afirmado e não por Maggies e Frys, mas por intelectuais favoráveis a essas políticas, como Carlos Hasenbalg, Thomas Skidmore e Antôno Sérgio Guimarães. Na visão deles, as elites brasileiras seriam demasiadamente conservadoras para aceitarem medidas dessa natureza. Felizmente, o Movimento Negro não acreditou, e cinco anos depois instaurava-se a política de cotas nas universidades públicas do Rio de Janeiro.
Que Profª Yvonne Maggie da UFRJ, Peter Fry, Demétrio Magnoli e outros menos votados sigam o exemplo de Ali Kamel e passem a escrever livros de autoajuda para brancos ameaçados em seu papel de dominadores cordiais.
Vão vender muito!

Paulo Roberto