A prisão do capitão da Polícia Militar, Benjamim André Moraes - que aconteceu no último dia 14 – foi classificada como ‘inoperância estatal’ pelo seu advogado de defesa, Tales Azevedo. Na manhã desta quarta-feira (25), Azevedo concedeu entrevista coletiva na sede do Detran em Maceió e esclareceu toda situação que envolveu o nome do oficial.
Segundo o advogado, há alguns meses o veículo Celta, de cor azul-escuro, registrado em Garanhuns de placa KLE-0783e– que estava em posse do capitão, foi roubado no estado de Pernambuco. “Toda confusão começou neste momento. O antigo proprietário registrou a queixa de roubo e, alguns dias depois, o veículo foi encontrado. Novamente, o proprietário procurou as autoridades e informou que seu veículo foi localizado”, informou.
Azevedo garantiu também que apesar da notificação às autoridades, a queixa roubo não foi retirada do sistema da polícia pernambucana. “A prisão do capitão Benjamim foi fruto da completa inoperância estatal. Ao final do inquérito, a Polícia Civil deverá observar todas as circunstâncias e o nome do oficial será preservado. Acredito ainda que o Ministério Público não vai ofertar denúncia diante de todos os esclarecimentos prestados à autoridade policial ”, frisou.
Com relação às circunstâncias que levaram Benjamin a guiar um carro com queixa de roubo, o advogado revelou que um amigo identificado como Cícero da Silva deixou o veículo na residência do militar no final de semana que aconteceu a abordagem dos PM’s.
“Esse amigo precisou viajar e como o carro estava com a documentação atrasada, ele pegou o carro emprestado de Benjamin. No começo da madrugada, em decorrência de um problema familiar, o oficial precisou ir até a farmácia e foi parado numa blitz. Os militares sequer observaram a patente e os argumentos do meu cliente. Isso só reforça a tese de que ele pode estar sendo perseguido pelo Comandante de sua instituição”, pontuou Azevedo.