Uma reportagem da repórter Fátima Almeida na Gazeta de Alagoas, uma amostragem da cruel situação de calamidade em que vivem os quilombolas das terras de Zumbi.
Amanhã, segunda-feira, 23 de abril será realizada a assinatura do Termo de Compromisso entre a SEPPIR e o governo do estado, no Palácio República dos Palmares, em Maceió,AL,objetivando a efetivação de espaços possíveis e efetivos para que os quilombolas alagoanos possam exercer a cidadania plena.
Que os Orixás guiem a caneta do homem e da mulher no poder.
Salve Jorge!


EM NADA.
Cerca de 80 famílias vivem à margem dos direitos sociais e de cidadania
Quilombolas de Filus enfrentam dificuldades
Numa comunidade isolada, no meio dos antigos quilombos localizados entre os municípios de União dos Palmares e Santana do Mundaú, cerca 80 famílias vivem à margem dos direitos sociais e de cidadania. Em Filus não tem água encanada e a única sala de aula funciona de forma precária, numa pequena casa alugada que não tem, sequer, um banheiro. E por falta de condições de acesso, em dias de chuva não tem transporte que chegue ao local – nem moto, nem caminhão e nem mesmo uma ambulância para prestar socorro.
“Vivemos há muitos anos assim, lutando por uma vida mais digna, por coisas básicas, que todo ser humano tem direito, como água, educação e estrada”, diz Cícera Vital, líder da comunidade e presidente do Instituto Irmão Quilombola.
Na semana passada, moradores de Filus – localizada em território de Santana do Mundaú, no meio das serras dos antigos quilombos, a uma distância de 7 quilômetros da rodovia AL 205 – participaram de um protesto que fechou a pista durante todo o dia, para chamar a atenção dos governantes sobre a situação em que vivem. Uma faixa aberta de lado a lado do asfalto resumia o sentimento da comunidade: “Os quilombolas de Filus também são seres humanos”.
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