Antes mesmo de começar o “Clássico das Multidões” entre CSA e CRB no Rei Pelé, o clima era de rivalidade e tensão entre as torcidas e a polícia se espalhou nas imediações do estádio. Confusão, brigas, assaltos e tiros de borracha e apreensões deram o tom da partida.
Desde o meio dia a Polícia Militar fechou algumas ruas que levam ao estádio Rei Pelé, enquanto a cavalaria fez a escolta das torcidas de CSA, que seguiu pela avenida Siqueira Campos e também do CRB, que veio pela praia da Avenida.
Porém, todo esquema montado parecer não ter contido os ânimos de alguns torcedores que já promoveram vários delitos nas imediações do estádio. Informações ainda não confirmadas davam conta de que uma jovem teria sido atingida por um tiro no centro da cidade, em uma briga entre as torcidas.
Em uma das ruas laterais ao estádio Rei Pelé, onde ficaram as bilheterias para o CRB, consequentemente a sua torcida, um conflito aconteceu entre a torcida do time regatiano e policiais militares, que precisaram soltar bombas de gás e tiros de borracha para dispersar os envolvidos na confusão.
Em outro registro, policiais encontraram uma pequena quantidade de maconha com um menor de idade do lado da torcida do CSA, enquanto duas armas foram encontradas com torcedores do CRB. Ambos os envolvidos foram levados pela PM.
Dentro do estádio, a situação em alguns pontos foi ainda pior. Nas grandes arquibancadas, onde ficou a torcida do CSA, mandante do jogo, membros da torcida se enfrentaram e o BOPE voltou a entrar em ação. Pancadaria, tiros de borracha, correria e muitas cadeiras arrancadas chamavam a atenção de quem dividia os olhares entre o campo e as arquibancadas.
PROIBIÇÃO
Além da rivalidade habitual das torcidas de CSA e CRB, o clima ficou ainda mais pesado por conta da decisão do Ministério Público, que proibiu a entrada de qualquer objeto, roupa, bandeiras e faixas que lembrem torcidas organizadas.
Com isso, alguns membros de facções prometeram conflitos independente de estarem vestidos ou não, o que dificulta ainda mais o trabalho da polícia, que está espalhada por toda extensão do estádio Rei Pelé.