O caso do sumiço de cerca de R$ 900 mil em cheques apreendidos durante a operação Espectro começa a ganhar novos rumos com o laudo da perícia do Instituto de Criminalística (IC). O órgão constatou que um pacote contendo os cheques teve o lacre violado, informação confirmada pela assessoria de comunicação da Perícia Oficial de Alagoas.
“Os peritos analisaram os pacotes e foi constatada a violação. O laudo já foi encaminhado à Polícia, que agora está investigando o caso”, confirmou a assessoria.
A operação Espectro foi desencadeada no dia 06 de março deste ano e culminou com a prisão de contadores e empresários. A investigação começou a partir de um pedido da Controladoria Geral do Estado, no ano de 2001, que solicitou a observação de notas fiscais de produtos alimentícios que eram revendidos ao Estado. A desconfiança partiu do secretário de Defesa Social à época, Paulo Rubim, que acionou a Secretaria da Fazenda.
No dia da operação, a polícia apreendeu também cerca de R$ 5 milhões, em cheques e dinheiro na casa de um dos acusados, Délio Xavier. E foi justamente desde montante que o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) recebeu a notícia de que dinheiro havia desaparecido. Isto porque o advogado do acusado entrou em contato com a entidade do Ministério Público Estadual para informar que os cheques foram descontados.
Ontem, a Polícia Civil começou a ouvir pessoas no inquérito que foi instaurado a pedido do promotor Alfredo Gaspar de Mendonça, coordenador do Gecoc. Segundo a assessoria da instituição, novos depoimentos acontecerão nos próximos dias, mas os detalhes não poderão ser revelados já que as investigações seguem em segredo de Justiça. O procedimento policial está sendo conduzido pela Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) da PC.
A assessoria informou ainda que na última sexta-feira (13), peritos foram acionados e constataram uma diferença entre o valor que constava nos autos de apreensão e o que ainda estava em poder da Polícia. “Vai ser apurado o que realmente aconteceu, se houve erro na confecção do documento quando os valores foram apreendidos ou outra irregularidade”, colocou a assessoria.
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