Com depoimentos que tiveram início hoje, a Polícia Civil começou a ouvir pessoas no inquérito que apura o sumiço de cheques apreendidos durante a Operação Espectro. Os cheques somam o valor de R$ 900 mil e alguns deles foram descontados, conforme denunciou um dos presos durante a ação.

A assessoria de comunicação da Polícia Civil confirmou que novos depoimentos acontecerão nos próximos dias, mas que detalhes não poderão ser revelados já que as investigações seguem em segredo de Justiça. O procedimento policial está sendo conduzido pela Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) da PC.

O inquérito foi instaurado a pedido do promotor Alfredo Gaspar de Mendonça, coordenador do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gecoc) do Ministério Público Estadual.

A assessoria informou ainda que na última sexta-feira (13), peritos foram acionados e constataram uma diferença entre o valor que constava nos autos de apreensão e o que ainda estava em poder da Polícia. “Vai ser apurado o que realmente aconteceu, se houve erro na confecção do documento quando os valores foram apreendidos ou outra irregularidade”, colocou a assessoria.

A Operação

A Operação Espectro foi deflagrada no dia 06 de março. A investigação começou a partir de um pedido da Controladoria Geral do Estado, no ano de 2001, que solicitou a observação de notas fiscais de produtos alimentícios que eram revendidos ao Estado. A desconfiança partiu do secretário de Defesa Social à época, Paulo Rubim, que acionou a Secretaria da Fazenda.

Ao todo 73 empresas são investigadas na fraude. Dezessete mandados de prisão e 34 de busca e apreensão foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital para a operação.