O principal acusado de participar da morte do estudante Fábio Acioli, que estava foragido desde novembro do ano passado, quando fugiu do presídio Cyridião Durval, foi recapturado ontem em São Paulo. Wanderley Nascimento Ferreira, de 55 anos será reconduzido ao presídio alagoano e já sabe que sentará no banco dos réus juntamente com o segundo acusado do crime.

O acusado foi detido na última segunda-feira na capital paulista, em uma operação de rotina da PM local, que questionou a identidade de Wanderley e numa pesquisa feita na internet, confirmou o seu envolvimento no assassinato do estudante Fábio Acioli.

Desde a confirmação da captura de Wanderlei, a Polícia Civil alagoana, através da delegada Luci Mônica, diretora do Departamento de Estatística, Informática e Armas (Deinfo), está providenciado todas as documentaçõe e questões de cunho administrativo para que os agentes da PC viagem à capital paulista e tragam o acusado em um vôo especial. A expectativa é de que Wanderley Nascimento desembarque em Maceio no próximo domingo.

 

JURI

Esta semana, o juiz Maurício Brêda se pronunciou sobre o caso Fábio Acioli e confirmou que Carlos Eduardo Souza e Wanderley do Nascimento Ferreira, acusados de participação no crime, estarão no banco dos réus.

Segundo a sentença de Breda, durante as investigações policiais várias provas e indícios suficientes foram apresentados para que a justiça determine o julgamento dos réus no processo que corre em segredo de justiça. Carlos Eduardo e Wanderley do Nascimento foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) e serão julgados por homicídio duplamente qualificado. A data do julgamento ainda não foi definida.

Wanderley do Nascimento Ferreira, que estava foragido do presídio Cyridião Durval desde novembro de 2011, foi recapturado em São Paulo, após uma operação de rotina. Numa fuga em massa, o preso conseguiu escapar do sistema prisional de Alagoas, após um túnel ser escavado num dos módulos do presídio.

Já a outra pessoa que é apontada pela autoria intelectual no assassinato, o servidor público Rafael de França ainda não foi ‘alcançado’ na decisão do magistrado. Isto porque Maurício Breda vê a necessidade de continuidade nas investigações, já que não foram descartados os indícios de participação de outras pessoas no brutal assassinato e sua autoria intelectual.

Para continuar a fase de instrução do processo, uma nova audiência foi marcada onde testemunhas e declarantes serão ouvidas pelo magistrado. No dia 26 deste mês, alguns empresários alagoanos foram convocados para prestar depoimento à justiça, entre eles, Márcio Raposo, Márcio Nutels e Vânia Nutels. Uma testemunha que integra o Programa de Proteção às Testemunhas (Provita) foi arrolada: o garçom do ‘Beto’s Bar’.