O governo Dilma Roussef tem estabelecido, paulatinamente, a ausência de investimentos sistemáticos que contemplem a questão racial no Brasil. Há um verdadeiro apartheid político sobre o tema pautando uma profunda invisibilidade nas agendas institucionais ,mesmo que a crescente mortandade da população jovem e negra esteja estampada em inúmeras pesquisas cientificas como o Mapa da Violência 2012 .Os Novos Padrões da Violência Homicida no Brasil.
Mesmo que concepções discriminatórias marginalizem, como um camaleão poliglota, cotidianamente, a maioria da população brasileira.
Somos 97 milhões de brasileiros pardos e negros.
O governo Dilma Roussef ainda nos vê, como população anônima, tornando-nos porta voz de uma exclusão explicita, dentro de um silêncio que intercala perguntas: O que foi feito da política de promoção para igualdade racial , após o governo Lula?
Ao ignorar a questão racial  o governo Dilma Roussef legitima a prática do racismo institucional, aquele que naturaliza a história de um povo na periferia das decisões políticas, consolidando com isso o poder do regime eurocêntrico?
Eis uma questão!
Abaixo matéria sobre a viagem da presidenta Dilma Roussef aos Estados Unidos:

Dilma vai aos EUA com plano de cotas raciais

247 – No seu primeiro ano de gestão, a presidente Dilma Rousseff já deixou claro que há um corte de gênero em seu governo. Além de ser ela a primeira mulher a comandar o País, Brasília nunca teve tantas ministras e até mesmo a maior empresa nacional, a Petrobras, ganhou um comando feminino, com Graça Foster. No campo dos direitos civis, no entanto, Dilma não avançou praticamente nada na questão da igualdade racial. Mas isso pode começar a mudar e talvez seja até uma pauta não oficial para o encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nesta segunda-feira – nos EUA, cotas vêm sendo implantadas desde a década de 60 e sem a promoção efetiva da igualdade racial um negro não teria chegado à Casa Branca.
Na verdade, este tema já vem sendo tratado de forma reservada no governo brasileiro pelo economista Ricardo Paes de Barros, um dos gurus da presidente Dilma. Contratado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, ele prepara um plano que irá propor cotas no serviço público, para que negros tenham maior acesso a cargos de comando nos ministérios, nas autarquias e nas estatais. “É responsabilidade do Estado. Uma preocupação assim levaria à formação de uma elite negra de forma mais acelerada, porque estamos vendo que o acesso da população negra ao topo da sociedade brasileira ainda é limitado. Isso quer dizer que muitos talentos e valores negros não estão sendo aproveitados”, disse Paes de Barros ao jornal Valor Econômico, dias atrás
Fonte: Brasil 247