Nesta quarta-feira (04), o vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados em Alagoas (ACS/AL), cabo BM Rogers Tenório se reuniu na Agência Reguladora de Serviços Públicos no Estado de Alagoas (ARSAL), com o seu presidente Waldo Wanderley, com Dorgival Ferreira, presidente do Sindicato dos Transportadores Complementares de Alagoas (SINTRACOMP/AL), como também com o diretor executivo do Sindicato das Empresas Transportadoras de Passageiros do Estado de Alagoas (SINTRAN/AL), Francisco Galvão a fim de encontrar maneiras de garantir a segurança de passageiros, motoristas, cobradores e militares durante as viagens intermunicipais que são realizadas pelos PMs e BMs fardados a trabalho.

A ACS/AL solicitou aos representantes das empresas de transportes que fazem os percursos intermunicipais, o apoio com relação aos militares que viajam a trabalho fardados. “Nossa principal discussão hoje não é voltada para a gratuidade, mas para a segurança pública. Sabemos do acordo que dá a gratuidade aos militares durante o trajeto que fazem para os batalhões no interior do estado, entretanto a situação que vivemos agora é diferente de alguns anos atrás, pois hoje somos a 3ª capital mais violenta do mundo e a 1ª do País. Atualmente, o risco que os militares correm quando entram fardados em vans e ônibus é muito maior que antes. O meliante, ao ver um militar em um transporte, consegue reconhecê-lo por estar fardado, mas o mesmo não ocorre no caso do PM”, disse o cabo BM Rogers Tenório em tom de desabafo.

Ele ainda frisou que recentemente houve uma fatalidade com um militar que foi paga com a própria vida. Rogers Tenório lembrou que o soldado PM Walter de Sá tentou preservar tanto os passageiros, quanto as empresas na ocasião do assalto, mas infelizmente foi vítima dos assaltantes.

Para o Dorgival Ferreira, esta iniciativa da associação foi importante, mas confessou que será difícil colocar na cabeça dos transportadores a ideia. “Mas não iremos deixar como está. Pretendemos fazer um trabalho de conscientização com os transportadores, dentro de nossas possibilidades”.

Waldo Wanderley colocou que é imprescindível olhar os dois lados da questão, tanto o da segurança, quanto o econômico das empresas de transporte. “É preciso que seja iniciada uma conciliação que não prejudique nenhuma das partes. O Governo deve dar uma palavra sobre este assunto tão pertinente para evitar abusos de ambos. Será necessário, ainda trabalhar de maneira a dimensionar a fim de que cheguemos a valores”, explicou Wanderley.

Após algumas discussões, o vice-presidente da ACS/AL, representantes das empresas de transporte e o presidente da ARSAL, decidiram que serão realizados alguns levantamentos por parte das empresas, como também pela associação acerca da real demanda de militares que viajam a trabalho para o interior, com o intuito de procurar formas eficazes de solucionar estas questões.

“A ACS/AL irá fazer o levantamento do contingente dos militares que se deslocam para o interior a trabalho e levará na próxima reunião que ocorrerá na ARSAL. Mas é importante lembrar que este é um problema do Governo e precisamos nos engajar e pensar na vida dos PMs, passageiros e demais pessoas que utilizam o transporte alternativo”, finalizou Rogers Tenório.

Na próxima quinta-feira (12), às 10h, haverá outra reunião para mostrar os levantamentos dos números de militares que fazem uso de vans e ônibus para se deslocarem até o interior. A partir disso, serão estudadas soluções em prol dos militares e das empresas.