O assassinato do soldado da Polícia Militar, Walter Sá de Carvalho, está esclarecido após a prisão dos envolvidos no crime. É o que informa o delegado Aylton Soares Prazeres, titular do 104º DP de Atalaia, responsável pelas investigações.

O delegado explica que através da apreensão do menor ocorrida na quinta-feira (29) identificado por R.L.S.S., conhecido por “Pixoto” e de outros três homens presos no dia anterior, elucidou o crime. Ele ilustra que o adolescente apontou um rapaz identificado inicialmente por “Betinho” pelos disparos que mataram o policial.

Com o adolescente, a polícia encontrou uma pistola calibre 45, provavelmente usada no homicídio. Segundo informações policiais, a arma estava com a numeração adulterada, os três números presentes no chassi, cano e recuo foram raspados.

No momento da apreensão, Aylton Soares esteve na Central de Polícia da Capital e interrogou o menor. Ele espera através das investigações, esclarecer outros crimes ocorridos em Maribondo, Belém, Satuba e Maceió. “Esta quadrilha é envolvida em homicídios, assaltos e tráfico de drogas em todo Estado” concluiu o delegado.

Walter Sá de Carvalho, 32 anos, lotado no 10º Batalhão da PM em Palmeira dos Índios, foi executado no dia 15 de março dentro de um micro-ônibus de transporte alternativo, de placa EWR 8592/Palmeira dos Índios-AL, em um dos trechos da rodovia federal BR-316, próximo ao município de Atalaia, interior de Alagoas. Ele foi morto com um tiro na cabeça, por um rapaz que, acompanhando de outros três jovens, subiu no coletivo no município de Belém e se passaram por passageiros.

O micro-ônibus saiu de Palmeira dos Índios por volta das 5h da madrugada. Quando passou por Belém, os jovens entraram no coletivo; já na cidade de Maribondo, foi a vez do policial. O militar sentou num dos bancos dos fundos do micro-ônibus e, informações extra-oficiais, apontavam que ele havia percebido que um dos jovens estava armado.

Segundo passageiros, Walter Sá ainda chegou a se levantar e conversar com o motorista, tentando também contato com um posto policial de Atalaia. Minutos depois, um disparo foi efetuado por um dos jovens em direção ao militar, que foi atingido na cabeça e teve morte instantânea.

Após o crime, o bando ordenou ao motorista a seguir viagem. Eles chegaram a anunciar um assalto, enquanto o motorista continuou o percurso. Em Satuba, os criminosos desceram, mas não levaram nenhum pertence ou dinheiro dos passageiros, que permaneceram aflitos com o crime. Um sargento da PM e um agente da Polícia Rodoviária Federal estavam, à paisana, dentro do coletivo. Com medo de serem reconhecidos, acabaram escondendo farda e identificação policial.

Com assessoria da PC/AL