Atualizado às 15h43.

Após quatro meses preso, o prefeito afastado de Traipu, Marcos Santos, ganhou liberdade. Santos deixou a Academia Militar, no começo da tarde de hoje. O Tribunal de Justiça concedeu a soltura do gestor mediante o cumprimento de medidas cautelares, entre elas o monitoramento eletrônico com o uso de tornozeleira.

O advogado Fernando Maciel disse à reportagem do CadaMinuto que, além da tornozeleira, outras medidas foram determinadas pelo juiz Celírio Adasmastor. Santos terá que comparecer uma vez por mês no Tribunal de Justiça, se manter afastado da Prefeitura e órgãos municipais, deverá se recolher até às 22 horas e não poderá deixar Maceió sem autorização da Justiça.

A prisão

Marcos Santos estava presos desde o dia 22 de novembro do ano passado, quando se apresentou na Delegacia-Geral da Polícia Civil, após ter sua prisão decretada no dia 18 do mesmo mês. A prisão foi  determinada pelo desembargador Sebastião Costa Filho, após uma solicitação do Ministério Público Estadual (MPE), que denunciou Marcos Santos por oito crimes.

Tabanga

Marcos Santos ficou foragido por quase dois meses, depois que a Polícia Federal desencadeou a Operação Tabanga, cujo objetivo era cumprir mandados de prisão e busca e apreensão na cidade. O prefeito é acusado de comandar um esquema que desviou verbas públicas relacionadas com a Educação, cujo montante chega a R$ 8 milhões.

O desembargador José Maria de Oliveira Lucena, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, concedeu o habeas corpus ao prefeito afastado e a primeira-dama e ex-secretária de Assistência Social do município, Juliana Kummer. Outros seis acusados na Operação Tabanga também foram beneficiados com a decisão.

Na Tabanga, dezesseis pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público pelos crimes de formação de quadrilha, prevaricação, peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso, emprego irregular de verbas públicas, dentre outros crimes.

Na ocasião, o prefeito conseguiu escapar da prisão devido o vazamento de informações sobre a operação. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal, que prometeu punir os responsáveis pelo vazamento.