Ricardo Lopes da Silva, o Pixoto, foi preso, na noite desta quinta-feira (29), no bairro do Eustáquio Gomes, sob a acusação de ter efetuado o disparo que resultou na morte do policial militar Valter Sá, no último dia 15. A prisão ocorreu depois que o Serviço de Inteligência da PM conseguiu localizar Pixoto no Loteamento São Caetano, na quadra H.
De acordo com informações da assessoria de comunicação da Polícia Militar, o suspeito estava na casa de um amigo e quando notou que os militares chegaram invadiu uma residência vizinha, mas foi detido. Com o acusado, que foi levado à Central de Polícia, foram encontradas uma pistola .45, sete munições no carregador e oito reservas.
Em entrevista à imprensa, Pixoto negou ser o autor do disparo que vitimou o militar e disse que estava dormindo no momento do crime e só acordou quando ouviu o disparo. O acusado entrou contradição algumas vezes durante a conversa com os repórteres.
“Nós estávamos voltando de uma festa que aconteceu na casa da irmã do Alex. Eu estava dormindo e acordei com o disparo. Quem atirou no policial foi o Humberto, mas quem estava com as armas era o Alex e o Alan”, contou o acusado, acrescentando que o grupo manteve o motorista sob a mira da pistola até a cidade de Satuba, onde desceram do ônibus.
Pixoto é o terceiro suspeito na morte de Valter Sá a ser preso. Ontem, policiais da Rádio Patrulha prenderam, em uma residência, no Clima Bom, Alan da Silva e José Humberto da Silva, o Betinho. Com eles, foram apreendidos 220 gramas de maconha, uma balança de precisão, crack e cocaína, além de R$530, dois celulares, carteiras de identidade falsas, uma garruncha e uma pistola Taurus 380, com numeração raspada e 12 munições intactas.
De acordo com o capitão Pantaleão, do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope), a quadrilha é grande, mas com as diligências que estão sendo realizadas ao poucos os integrantes serão presos. Conforme informações da PM, a mãe do último acusado, Alex, entrou em contato com a Polícia e prometeu entregá-lo na manhã desta sexta-feira (30).
Pixoto confessou ter sido preso três vezes pelo crime de porte ilegal de arma de fogo. Porém, ninguém do grupo ainda revelou qual a razão que motivou o crime. “Eu sei quem atirou foi Humberto, porque ele me disse quando a gente desceu do ônibus, agora o porquê ele fez isso não sei de nada”, afirmou.
O caso
O policial militar Valter Sá, lotado no 10º Batalhão da PM em Palmeira dos Índios, foi executado na manhã do último 15, dentro de um micro-ônibus, de placa EWR 8592, em um dos trechos da rodovia BR-316, próximo ao município de Atalaia. O militar foi morto com um tiro na cabeça.
O micro-ônibus saiu de Palmeira dos Índios por volta das 05 horas. Segundo passageiros, quando percebeu o assalto Sá ainda chegou a se levantar e conversar com o motorista, tentando também contato com um posto policial de Atalaia. Minutos depois, um disparo foi efetuado na direção do militar, que teve morte instantânea.












