Desde a última sexta-feira (16), o ex-prefeito de Marechal Deodoro, Danilo Dâmaso, se encontra internado na Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Ele voltou à unidade hospitalar horas após ser preso pela Polícia Federal em cumprimento à decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que julgou improcedente o habeas corpus (HC) que o mantinha o em liberdade. Dâmaso teve a prisão decretada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Ele se encontrava recluso no presídio Baldomero Cavalcanti e no começo da noite de sexta apresentou sinais de desidratação e, rapidamente, agentes da unidade prisional o encaminharam para Santa Casa.
Segundo informações colhidas pela reportagem, o ex-prefeito aguarda, agora, o resultado de alguns exames realizados durante o final de semana e apresenta, hoje, quadro de saúde regular. Ele permanece sob custódia da Polícia Federal.
Fraude em licitações no Pará
Em agosto do ano passado, durante a Operação Pandilha, deflagrada pela Polícia Federal, o ex-prefeito foi detido sob acusação de fraudes em licitações públicas, na região de Altamira, no Estado do Pará. Na época, a prisão preventiva foi expedida pelo TRF-1 após um pedido da Delegacia de Altamira. Ele foi detido em sua residência localizada no município de Marechal Deodoro.
O filho de Danilo Dâmaso, Liberalino Ribeiro de Almeida Neto, prefeito da cidade de Vitória do Xingu, no Pará, também foi detido durante a operação. A recém-criada cidade surgiu em terras da família Dâmaso, a partir de um povoado de moradores e é conhecida como o recinto da família Dâmaso, local onde possuem fazendas, lojas de automóveis, e outros pontos comerciais.
Dias após a operação, Danilo Dâmaso foi transferido, num vôo comercial, acompanhado de um delegado federal, para o Pará. Em outubro, conseguiu liberdade após o ministro do STJ, Sebastião Reis Junior, deferir o habeas corpus em favor do político.
Histórico de prisões
O ex-prefeito de Marechal Deodoro Danilo Dâmaso tem um histórico de prisões e problemas com a Justiça, que teve início no dia 17 de março de 2005 quando foi pela Operação Gabiru, que denunciava gestores municipais por desvio público.
No ano seguinte Danilo foi denunciado por trabalho escravo em uma de suas fazendas no Centro-oeste do Brasil, durante as eleições de 2008 foi preso por desacato à autoridade e por ter provocado tumulto em uma seção eleitoral.
Ele chamou um juiz de batedor de carteiras e acabou indiciado pela própria PF este ano, antes disto sua candidatura foi impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral este ano por uma “extenso histórico de irregularidades” de acordo com o juiz federal Raimundo Alves.
Entre as acusações ao ex-prefeito uma suposta apropriação indevida de R$ 1.300 milhão, dinheiro pago pelo Banco do Brasil depois que a prefeitura de Marechal Deodoro repassou a folha de pagamento para a instituição.
Dâmaso teria deixado de repassar mais de R$ 2.200 milhões ao Fundo de Amparo Previdenciário (Fapen) recolhidos dos funcionários.











