O capitão da Polícia Militar de Alagoas, Antônio Marcos da Rocha Lima, concedeu entrevista coletiva em sua residência, na noite desta quarta-feira (15), e questionou a postura da cúpula da Segurança Pública do Estado.

Segundo oficial, algumas ações das autoridades afetaram a saúde dos seus pais. “Tenho sangue de polícia correndo por todo meu corpo. Quem me conhece sabe que sempre trabalhei no combate ao crime. Toda tropa me respeita e isso, logicamente, é fruto de um bom trabalho”, ressaltou.

Ainda na entrevista, Rocha Lima revelou que apesar de ter sido inocentado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, a cúpula da segurança pública o restringe de alguns direitos. “Hoje não posso comprar um arma para proteção e diante disso posso ser assassinado a qualquer momento. O estatuto do desarmamento me assegura esse direito. Apenas desejo que seja cumprido o que é legal e constitucional”, cobrou.

Visivelmente indignado, o capitão lembrou que desde que prendeu um ‘rapaz que andava aprontando em Palmeiras dos Índios’ sua vida não é mais a mesma. “Se me colocarem na frente de uma companhia ou em qualquer batalhão operacional, tenho certeza de que reduzirei a criminalidade em 40 dias”, desafiou.

“Como é que não posso ter uma arma, se no carnaval trabalhei armado comandando uma tropa na cidade de Juquiá da Praia. Fiz o meu serviço sem alteração e ainda fui parabenizado”, pontuou o oficial.

O presidente da associação dos oficiais da polícia militar de Alagoas, major Welinton Fragoso, lamentou a postura que a Cúpula vem adotando com o capitão Rocha Lima. “Se alguém errou tem que arcar com suas responsabilidades, mas viver perseguindo uma pessoa que já foi julgada inocente é lamentável. Espero que esse sofrimento do meu colega de farda esteja próximo do fim”, colocou o presidente.