Após prisões, Polícia afirma que filho de Albuquerque foi vítima de assalto
A Polícia Civil revelou detalhes, durante coletiva na tarde desta sexta-feira (10), da prisão de membros da quadrilha que participou do assalto à fazenda de Antônio Albuquerque, que terminou com o filho do parlamentar, Nivaldo Albuquerque, baleado. José Miguel dos Santos, José Vicente da Silva, Maria das Dores dos Santos e Leonilda Maria da Conceição foram presos ontem, na cidade de Arapiraca. Com as prisões, a PC descarta que o crime tenha sido um atentado ou que haja conotação política.
O grupo pertence à quadrilha, no entanto não estava presente no dia quem que Nivaldo foi baleado. Os presos revelaram, em depoimento, que Anderson Tavares atirou no filho de Albuquerque e estava na companhia de José Fragoso da Silva, Roosevelt da Silva Filho e de um adolescente de 17 anos, que estão foragidos.
Durante o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão, a Polícia encontrou dinheiro, duas pistolas 380, uma pistola .40, um fuzil 762, celulares, televisões de plasma e aparelhos de som. O material foi achado nas residências dos acusados. De acordo com a Polícia, uma das armas pertence a Rafael Albuquerque, irmão de Antônio Albuquerque. A pistola estaria com Nivaldo, que teria reagido ao assalto.
“O fato de essa arma ter sido encontrada, só revela que o grupo tem participação no caso”, afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, José Edson Freitas.
Os presos teriam revelado ainda, segundo a Polícia, que Tavares, natural de Sergipe, teria atirado no filho do deputado. Eles disseram que a quadrilha precisava de um carro potente para praticar assaltos na região de Arapiraca. Os quatro suspeitos que estão foragidos teriam avistado o carro na fazenda do parlamentar e invadiram o local na tentativa de praticar o assalto.
Após terem roubado o carro e atingido Nivaldo, os quatro saíram na Hillux. Metros depois, um dos pneus do carro furou e o grupo já estava sendo aguardado pelo taxista Josimário Francisco de Farias, que já teve a prisão decretada.
Ao serem apresentados à imprensa, os presos negaram participação na quadrilha. Maria das Dores, mulher de Rossevelt, disse que tinha guardado o material a pedido do marido. A mãe e o tio dela, Leonilda e José Vicente, também afirmaram que Roosevelt pediu que eles guardassem os produtos. Ao grupo, além de diversos assaltos e latrocínios no interior de Alagoas, é atribuido ainda o assalto à casa de um delegado em Palmeira dos Índios.
Além do diretor da PC, os delegados Ana Luíza Nogueira, Kelmann Vieira, Maurício Duarte e os promotores Cyro Blatter e Luiz Vasconcelos participaram da coletiva.
O caso
Nivaldo foi baleado no último dia 03, em uma fazenda, na cidade de Limoeiro de Anadia. O jovem foi atingido na boca, no tórax, no abdômen e na perna e passou por cinco horas de cirurgia na Unidade de Emergência do Agreste, onde foi levado após o assalto. No domingo, o jovem foi transferido para um hospital particular em Maceió.
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