Testemunha se contradiz sobre horário em que teria encontrado acusado

16/01/2012 11:14 - Polícia
Por Redação
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Atualizada às 15:07

O aposentado Edmilson Gomes de Novaes, testemunha de defesa de José Alexandre, acusado de participação no assassinato de Ceci Cunha, se contradisse durante depoimento na tarde desta segunda-feira (16), na Justiça Federal. Novaes, ouvido por videoconferência em Arapiraca, não soube precisar ao certo o horário exato em que deixou a Praça Gabino Besouro, no dia 16 de dezembro de 1998, local onde teria encontrado José Alexandre.

Indagado pelo juiz André Granja a que horas encontrou José Alexandre, o aposentado afirmou que chegou ao local às 19 e ficou até às 19h30 e que viu o acusado na praça junto com uma “turma”. A testemunha colocou também que não falou com José Alexandre, mas garantiu que outras pessoas também viram o acusado.

O procurador da República Rodrigo Tenório indagou Novaes sobre quem seria a “turma” que estava com José Alexandre, mas o aposentado afirmou que não conhecia as pessoas que estavam no local. Tenório leu uma declaração de 1999 assinada por Novaes em um cartório em Arapiraca em que o aposentado disse que tinha ficado das 19 às 22 horas.

“A que horas o senhor estava na praça? A que hora chegou em casa”, perguntou Rodrigo à testemunha. Novaes respondeu: “Faz muitos anos, por isso me confundo”. O aposentado disse também que não se recordava de ter prestado informações contidas no documento.

O advogado assistente de acusação José Fragoso também questionou o aposentado sobre o horário. “Eu fiquei até umas 19h30, fui para casa e depois voltei. Eu soube da morte quando cheguei em casa, assim, lá na praça estava comentando, mas soube mesmo quando fui pra casa”, finalizou a testemunha.

Os advogados de defesa alegaram a falsidade ideológica da declaração.

Testemunhas dizem ter visto acusados em Arapiraca

O militar Aloísio Neves dos Santos e José Roberto Souza Veras, testemunhas de defesa dos acusados de assassinar a deputada federal, Ceci Cunha, seu marido e mais dois parentes, prestaram depoimento no começo desta tarde, ao juiz que preside o julgamento, André Granja.

Eles afirmaram ter visto José Alexandre na praça Gabino Besouro, em Arapiraca , no dia do crime. Já o militar, disse não saber de nada sobre o plano para matar a deputada. No depoimento, ele afirmou que ficou na praça até ás 23h e ainda, que conhece os dois acusados. “Vi José Alexandre assim que cheguei na praça, por volta das 19h e falamos sobre o crime. Não vi José Alécio”, contou, destacando que na praça havia de 5 a 6 pessoas e que não viu Edmilson Gomes de Novaes, que também testemunhou a favor dos acusados.


No entanto, o militar disse que como Edmilson mora perto da praça, pode ter chegado depois. Ainda de acordo com ele, José Alexandre ficou um tempo em Arapiraca, após o crime. Já José Roberto Souza Veras disse conhecer José Alexandre há mais de 20 anos. De acordo com ele, Aloísio e Edmilson estavam juntos na praça , às 17:50, horário que não condiz com o depoimento anterior. Mas, segundo ele, seria 19:50.

Inicialmente, José Roberto disse que passou de carro pela praça e soube do crime através de um amigo chamado Eliezer e depois, que soube da notícia da chacina pelo rádio. Talvane Albuquerque foi médico de seus três filhos. A testemunha lembrou que Ceci Cunha era muito conhecida no município.

“ É normal pedir apoio político e foi o que Talvane fez na época. Ninguém comentou que ele teria que assumir após a morte da deputada”, destacou ele que disse ainda, não lembrar de ter ido a um cartório em 9 de agosto de 1999 assinar uma declaração com um depoimento a favor dos acusados.

Após ouvir as testemunhas de defesa, o juiz deu um intervalo de 30 minutos no julgamento, que deve retornar à 15:10.

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