A ONU (Organização das Nações Unidas) começou nesta terça-feira uma missão de apoio na Líbia, com o objetivo de ajudar na reconstrução do país. A ajuda chega após oito meses de guerra entre forças leais ao ex-ditador Muammar Gaddafi, morto em outubro, e a oposição.

A entrada da organização foi possível a partir de um acordo com o governo de transição. O chefe da missão, Ian Martin, afirmou que a entidade apoiará o governo líbio em "restabelecimento da segurança, extensão do poder do Estado e a proteção dos direitos humanos". Ele participou de reunião com o ministro líbio de Relações Exteriores, Ashour bin Hayal.

Martin ainda reiterou o compromisso com o "desenvolvimento de princípios democráticos em meio ao conflito". Com a guerra entre o antigo regime e sua oposição, a Líbia perdeu suas instituições públicas, deixando um vazio nas forças de segurança estatais e um armamento descontrolado da população civil.

RIVALIDADES

Segundo o representante da ONU, a nova conjuntura permitiu a aparição de novas rivalidades e intensificação de antigas, entre regiões e cidades e dirigentes políticos e rebeldes. Para conseguir retomar o estado democrático, a organização traçará um calendário para realizar as primeiras eleições, garantindo a segurança e a justiça no período de transição.

De acordo com o cronograma apresentado pelo governo de transição em agosto, as eleições acontecerão no meio deste ano. No primeiro pleito, serão escolhidos representantes para um Conselho Nacional Geral, que será responsável pela elaboração de uma nova constituição.