Duas pessoas foram presas na madrugada desta quarta-feira (04) sob acusação de furto de baterias de torres de operadoras de telefonia celular. As prisões aconteceram no conjunto Eustáquio Gomes, parte alta de Maceió, e ao todo 13 baterias foram recuperadas. Policiais do 5º Batalhão fizeram o flagrante e contaram com o apoio dos agentes da Operação Asfixia. Há exatamente um ano, um paraibano foi preso em Maceió, pelo mesmo crime, em operação conjunta das polícias Civil e Militar.

O coordenador de segurança da Claro Tiago Lima, informou ao Cadaminuto que essa prática tem prejudicado consideravelmente os usuários. “Tem ocorrido com frequênca esse tipo de crime. A coisa ficou totalmente banalizada e quem sofre mais é a sociedade que tem o serviço prejudicado”, afirma Lima.

Ele relata que em todo o Brasil o tipo de crime já contabilizou o furto de mais de 300 mil baterias. “As baterias geralmente são utilizadas para som de carro e, de forma clandestina, vendidas por valores irrisórios. Para se ter uma idéia, cada custa mais de mil reais e estavam sendo comercializadas por trezentos”, ressalta.

Em menos de 15 dias, afirma o coordenador da Claro, mais de 60 baterias da operadora foram furtadas. Mas, lembra que todas as operadoras passam pelo mesmo problema. “Isso não acontece somente com a Claro. As outras operadoras também sofrem”.

No ano passado o tipo de crime foi detectado tanto na capital como no interior, impedindo o funcionamento das operadoras e deixando os usuários incomunicáveis.

Operação em janeiro passado

Há exatamente um ano, no dia 04 de janeiro de 2011, uma operação conjunta feita pelo Tático Integrado Grupo de Resgates Especiais (Tigre) e policiais do 1º Batalhão, após investigação de agentes do Núcleo de Inteligência (N.I) da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), terminou com a prisão do Alvino Gurjão Leôncio Pinheiro, 31 anos, que seria suposto integrante de uma quadrilha que age em todo o Nordeste furtando bancos de baterias de operadoras de telefonia celular.

à época, a policia descobriu que o destino das baterias encontradas em um carro conduzido por ele era ferros-velhos. Alvino foi preso próximo ao Mercado da Produção no Vergel
Depois de ser preso, o acusado foi com a polícia até um ferro-velho da região, onde teria vedido baterias e lá foram encontradas 20.

Na ocasião, o analista da operadora OI, Sérgio Alves, disse que somente em Alagoas haviam sido furtadas , da operadora onde trabalha, cerca de 300 baterias. As baterias furtadas ficam nas torres garantindo a sustentabilidade para que os usuários, mediante qualquer problema continuem com os serviços.

Geralmente, segundo Tiago Lima, todas as pessoas envolvidas nos furtos trabalham nas operadoras por empresas terceirizadas e utilizam chaves para sanar problemas nas torres para cometer o crime.

O material recuperado na madrugada desta quarta-feira estava sendo comercializado em frente à casa de um homem identificado - a principio - como André e que é um dos presos. Os dois acusados foram levados para a Central de Polícia e autuados pelo delegado Cícero Rocha.