Juiz diz que não há provas concretas sobre o PCC

21/12/2011 08:35 - Polícia
Por Jonathas Maresia
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O juiz da Vara de Execuções Penas, José Braga Neto, não acredita que as ordens de terror que assustaram Maceió nos últimos dias tenham partido de facções criminosas tais como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV). Segundo o magistrado, até o momento nenhuma prova concreta foi apresentada assegurando a ligação dos reeducandos alagoanos com as facções ‘sulistas’.

“Não tenho o menor receio em transferir presos que estejam passando ordens para aterrorizar a sociedade no lado de fora. Essa ação é inaceitável”, desabafou o juiz em entrevista ao portal CadaMinuto na manhã desta quarta-feira (21).

Por meio de atos criminosos, os reeducandos tentaram chamar atenção da sociedade para as dificuldades do sistema prisional alagoano. Ainda na entrevista, o magistrado não se omitiu e revelou que a situação no estado tende a melhorar. “Estamos trabalhando na construção de um modelo que recupere. Não podemos aceitar que os presos fiquem amontoados como objetos”, expôs.

Braga revelou também que há alguns dias tomou conhecimento que presos, em um determinado módulo do sistema, estavam sem a devida alimentação. “Eles estão lá porque cometeram delitos graves e, consequetemente, tiveram sua pena estabelecida pela lei. Mas, não quer dizer que eles devam ser tratados como animais. A qualidade de vida deve, também, ser respeitada. Nada mais natural”, colocou.

Após as ações de vandalismo, a Secretaria de Estado de Defesa Social de Alagoas (SEDS) reforçou o policiamento em toda Maceió. Até o momento, alguns homens foram presos por ligação com facções criminosas. Em entrevista à imprensa, o superintendente adjunto do SGAP, Marcos Sérgio, relatou que havia a suspeição de que as ordens de terror partiram dos presídios alagoanos.

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