O governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) não descarta a possibilidade de que os ataques ocorridos nas últimas 48 horas a ônibus tenham sido planejados e executados por membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) que vem atuando de forma gradativa em Alagoas.

Na chegada à Catedral Metropolitana de Maceió, para a missa que marca os 13 anos do assassinato da deputada federal Ceci Cunha, Vilela conversou com a imprensa e disse que a vinda do traficante Fernandinho Beira-Mar ao Estado, na década passada, foi o estopim para que a facção se instalasse em Alagoas.

Ele confirmou que pela falta de efetivo na Polícia Militar existe uma dificuldade em desenvolver um trabalho eficiente contra o crime organizado, mas não acredita que esse seja o fator principal. Mesmo assim existe um esforço conjunto de toda cúpula da segurança pública para combater os altos índices de criminalidade.

Buscar apoio financeiro junto à presidenta Dilma Rousseff, por meio do Ministério da Justiça, é uma dos objetivos do Estado para conseguir que Alagoas saia das páginas policiais como o local mais violento do país, de acordo com dados do Mapa da Violência, divulgado esta semana.

Sobre os recentes atentados – a ônibus, arrastões e toque de recolher em bairros da capital – o chefe do Executivo não tem dúvidas que estão sendo pensados e comandados de dentro do sistema prisional.

“Tudo está sendo acompanhando pelo Secretário Dário César que já vem adotando medidas necessárias no sentido de descobrir quem vem comandando as ações. Já os vândalos responsáveis pelos ataques serão identificados e presos”, finalizou Vilela, não confirmando que tipo de ações será feita para que as punições se concretizem.