A história se repete. Primeiro, as notícias de uma escola fechada após o tiroteio próximo de uma escola pública na Pitanguinha, em seguida a ordem de traficantes para que o posto de saúde da região fosse fechado. Desta vez, uma ação parecida ocorreu no Conjunto Village Campestre, no bairro do Tabuleiro do Martins, em Maceió.

A ordem foi clara, dada por traficantes da região. O posto de saúde do Village I deveria ser fechado, caso contrário, a comunidade poderia ser testemunha de momentos de terror, com a invasão do prédio e a morte de funcionários e pacientes. Tudo aconteceu por volta das 7 horas da manhã, quando num telefonema anônimo os traficantes determinaram o fim do atendimento.

O atendimento na unidade foi suspenso e nenhum funcionário ficou no local, com medo de ser alvo dos bandidos. A comunidade do Village Campestre II vive momento de pânico com a iminente ameaça dos traficantes que já começa a modificar a rotina do conjunto, localizado na parte alta da capital alagoana.

Denúncias feitas por moradores da região dão conta de que agora existe a determinação, desde a última quarta-feira (16), do toque de recolher com o fim do horário das aulas mais cedo. A ameaça dava conta de que todos deveriam estar em casa, trancados, mais cedo, pois o local seria palco de tiroteios, provavelmente entre traficantes e policiais militares.

O grupo de criminosos tenta ganhar ainda mais território e interromper as investigações policiais que avança na tentativa de prender os marginais. Além disto, grupos de traficantes rivais travam uma guerra para comandar o crime organizado e tráfico de entorpecentes na região.

Para tentar solucionar em partes o caso, o comandante de Policiamento da Capital, coronel Gilmar Batinga, teve ume reunião com o líder comunitário do Village Campestre, para conhecer a real situação do conjunto, no que se trata da violência e até mesmo do tráfico de drogas.

Gilmar Batinga teria reafirmado a presença da polícia no conjunto, mas teria prometido um reforço na segurança do Village. O CadaMinuto entrou em contato com o Batalhão de Policiamento de Guarda (BPGD), responsável pela segurança nessa região e foi informado que as ameaças são apenas terrorismo. “A Polícia Militar está presente no local e não tem esse tipo de ordem do tráfico. Isso é puro terrorismo”, disse o Capitão Antão.