O tráfico de drogas fortalece seu comércio ilegal em Alagoas e ganha a primeira facção criminosa local. Baseada no PCC de São Paulo, A “FIRMA” se espalha em todo o Estado e tem como fundador, mesmo à distância, segundo a polícia, Charles Gomes de Barros, o Charlão, que cumpre pena em presídio de segurança máxima em Sergipe, desde 2009.

Charlão sempre teve poder no tráfico de drogas em Maceió, mas seu grupo - que tinha o “quartel general” no Bom Parto - sofreu grande abalo com as prisões dos mais fortes, a partir dele.

As polícias alagoanas, em 2009, foram ao estado vizinho porque estariam desconfiadas que um resgate de Charlão teria sido planejado. De dentro do presídio, ele continuou a ditar regras e a comandar os seus subordinados determinando as ações.

Primeira Formação

Na primeira formação, Charlão tinha vários gerentes. Valton, conhecido como “Valtinho”; Ivanildo Nascimento, O “Aranha”; Moisés Santos da Costa Júnior, o “Gil Bolinha”; Anderson Menezes, conhecido como “Inhonho” ou “Mancha”; Isaías da Silva, o “Pêu”, um homem conhecido como “Jau” e outro como “Baiano”.

Destes, Valtinho, considerado um dos principais líderes do tráfico em Alagoas, e 'baiano' continuam soltos. Outros considerados também de confiança, porém, mais fracos na hierarquia, mas, atuantes na quadrilha, como Jaelson Pessoa, o "Gordo", e seu irmão conhecido como “Mago”, ambos postos em liberdade há pouco tempo são considerados de grande importância nos negócios de Charlão.

A polícia acredita que estes homens são os responsáveis pela FIRMA, cuja sede não seria no Bom Parto, reduto de Charlão. “A Firma tem a base no bairro do Clima Bom e, pelo que já sabemos, está se fortalecendo não somente na capital”, garante um policial.

Fortemente armados

A quadrilha de Charlão sempre foi fortemente armada e, além do tráfico de drogas, também marcava participação em assaltos. Segundo a polícia, os integrantes utilizavam em suas ações criminosas metralhadoras, rifles e espingardas de calibre 12, de repetição, além de pistolas 9 milímetros, todas de uso exclusivo das Forças Armadas.