Alagoanos investem em segurança e se tornam “reféns” em suas próprias casas

08/11/2011 02:33 - Polícia
Por Redação
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Cercas elétricas e equipamentos de vídeo monitoramento são algumas das alternativas encontradas por muitos alagoanos para fugir da violência. No entanto, muitos se consideram reféns dentro de suas próprias casas, embora não estejam imunes de serem vítimas da insegurança que assola o Estado.

É o que afirma a arquiteta Fernanda Martins, que ironiza ao dizer que sua residência, localizada no Feitosa, tem cerca elétrica e um muro alto, para evitar assaltos. Ela disse que mesmo não tendo sido vítima de assaltos, a família resolveu se prevenir, após bandidos invadirem casas vizinhas.

“Pagamos R$ 200 por mês. Você paga um valor para eles instalarem e mais um valor mensal, para que caso aconteça alguma coisa, o segurança vá até o local. Sinceramente, não me sinto segura, porque já vi casos em que o ladrão cortou a cerca. Esses equipamentos dificultam, mas não trazem 100% de segurança”, contou.

Segundo ela, há casos em que o assaltante aborda a vítima na porta de casa. “Quando o ladrão quer, ele entra de qualquer jeito. Espera você abrir o portão e te aborda, você tendo cerca elétrica ou não”, ressaltou a arquiteta.

O gerente da Tigre segurança e vigilância, Reinaldo Correia informou que o vídeo monitoramento vem sendo o equipamento mais procurado pela população. Existem ainda, outros equipamentos utilizados para garantir mais segurança nas residências. Em caso de assaltos, um dispositivo de alarme dispara e aciona o sinal na empresa.

“A cerca elétrica agora é menos procurada. As pessoas querem uma coisa mais eficaz, por isso, escolhem o vídeo monitoramento, que possibilita uma visão ampla das imediações da casa. Tem o GPRS, que é um complemento da cerca, com um chip de dados que é utilizado, assim como o rádio, para acionar os patrulheiros, em caso de alguma ocorrência”, revelou.

Correia explicou que para ter um equipamento de vídeo monitoramento é preciso desembolsar cerca de R$ 500, além de pagar uma taxa mensal que varia entre R$ 120 e 150. Ele contou que antes, a Polícia Militar era acionada, mas devido a alarmes falsos passou a não atender chamados chegados às empresas de segurança.

“Quando o cliente pede o orçamento, vamos avaliar o tamanho da residência e a quantidade de câmeras necessárias. O kit vem com quatro câmeras e sensores que disparam. Havia casos em que a Polícia chegava e era um galho de árvore ou um gato que tinha batido na cerca”, disse.

Ele ressalta que a violência vem fazendo as pessoas mudarem seus hábitos e procurarem se proteger até dentro de casa. “Ás vezes, o patrulheiro chegava três minutos depois e a residência já tinha sido arrombada. É uma questão de segundos, o assaltante quebrava o vidro, entrava e saia rápido", informou.

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