A Polícia Federal solicitou à Justiça a prorrogação da prisão de Deivis Portela de Melo Filho, diretor financeiro do Tribunal de Contas do Estado, e José Pereira Barbosa, diretor de Recursos Humanos do órgão, presos durante a Operação Rodoleiro. A solicitação de extensão das prisões foi feita à 2ª Vara da Justiça Federal em Alagoas.

De acordo com o delegado Antônio Miguel, que comandou a operação, a Polícia não pediu a prorrogação da prisão do empresário Sérgio Gomes de Barros, um dos donos da Academia Top, que foi alvo de mandado judicial durante a ação policial.

A Operação Rodoleiro

A Operação Rodoleiro foi deflagrada, na última quinta-feira (20), por agentes da Polícia Federal, com o apoio da Receita Federal e da Força Nacional. A ação teve como alvo crimes de ordem fiscal, fraudes na restituição de imposto de renda de servidores públicos e o desvio de recursos da folha de pagamentos do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas.

Segundo a Polícia, foram 12 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária expedidos pela 2ª Vara Federal de Alagoas.

O dono da academia TOP, Sérgio Timóteo Gomes de Barro, Deivis Portela de Melo Filho, diretor financeiro do TCE, e José Pereira Barbosa, diretor de Recursos Humanos do órgão, foram presos.

De acordo com dados apresentados pela PF, entre os anos de 2005 a 2011, a fraude chegou ao montante de R$ 100 milhões. Somente de 2009 a 2011, o valor foi de R$ 30 milhões. Ao todo, 102 cavalos foram apreendidos num haras em Atalaia.

A operação foi batizada de “Rodoleiro” por existir a suspeita de lavagem de dinheiro por parte do grupo investigado utilizando a criação de cavalos de raça. Rodoleiro é o nome de um tipo de carrapato que ataca principalmente os cavalos.