O que parecia ter sido elucidado, agora abre mais um leque de interrogações. A perícia alagoana concluiu que as armas enviadas para o Instituto de Criminalística (IC), dois revólveres de calibre 38, não foram as utilizadas na chacina do Benedito Bentes, ocorrida no dia 13 de setembro de 2010, onde quatro pessoas – entre elas três adolescentes – foram barbaramente executadas.
Segundo o presidente da Associação dos Peritos de Alagoas, Paulo Rogério, o confronto balístico com as armas e os projeteis retirados dos corpos e também colhidos no local da chacina deu negativo. Ou seja, os revólveres enviados, apesar de serem do mesmo calibre dos que vitimaram os meninos L.B.S., D.H.S.G., ambos de 14 anos, B.M.S., de 15 e José Ricardo da Silva, de 24, não são os usados pelos assassinos.
O laudo é de responsabilidade do perito Aldo Artêmio, mas, as análises receberam auxílio de toda a equipe da Sessão de Balística do IC, conforme o perito Paulo Rogério. O laudo está concluído e será encaminhado na manhã desta terça-feira (11) para a delegada Sheila Carvalho, da Delegacia de Homicídios.
Relembre o caso
Os menores e José Ricardo da Silva foram executados com tiros na cabeça dentro de uma chácara que fica localizada entre a Serraria e o complexo Benedito Bentes. Segundo os familiares eles haviam saído de casa com o objetivo de buscar lenha.
As vítimas saíram de casa no dia 13 de agosto do ano passado e, após um dia de buscas, os familiares resolveram acionar o Corpo de Bombeiros que chegou aos corpos praticamente direcionados por urubus que se aglomeravam na região.