O advogado Welton Roberto, que atua como assistente de acusação no processo da família da universitária Giovanna Tenório, terá um encontro com o diretor-geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco para cobrar celeridade nas investigações sobre a morte da estudante. O caso está sendo investigado pelo delegado Francisco Amorim Terceiro, da Divisão Especial de Investigação e Capturas (DEIC) e completa 30 dias no próximo 02 de julho.
Em entrevista a reportagem do Cadaminuto, o advogado criminalista informou que o objetivo do encontro é saber principalmente como estão sendo conduzidas as investigações, além de colocar a família e alguns amigos à disposição da Polícia para mais informações sobre a jovem.
O corpo de Giovanna Tenório foi encontrado no dia 06 de junho, em um canavial na cidade de Rio Largo, quatro dias após o seu desaparecimento. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a estudante de fisioterapia morreu vítima de asfixia mecânica por sufocamento.
Para Welton, a polícia precisa dar “alguma” resposta para a família antes que sejam completados os 30 dias de investigação. Ainda de acordo com o advogado, a família já arrolou uma testemunha que diz ter visto Giovanna entrando em um carro espontaneamente, e tentado sair quando percebeu a presença de uma terceira pessoa no veículo.
“Tudo isso a família já entregou para a Polícia, além dos aparelhos celulares de Giovanna e autorizar a quebra do sigilo telefônico, mas até agora nenhuma resposta. Nem mesmo o casal Toni e Mirella foram ouvidos oficialmente”, afirmou.
Inverdades
As afirmações feitas pelo casal Antonio de Pádua Bandeira, conhecido como Toni, e Mirella Granconato durante entrevistas à imprensa foram classificadas por Welton Roberto como inverídicas. Segundo ele, a principal delas foi a ligação telefônica que Toni diz ter recebido da irmã de Giovanna duas horas depois do desaparecimento.
“Conversei com toda a família e amigos. Não houve ligação nenhuma para ele (Toni) na quinta-feira, até porque a mãe de Giovanna só percebeu a sua falta à noite, devido à rotina de estudante que ela tinha. Apenas no sábado foi quando a irmã ligou para ele”, completou Welton.
De acordo com Welton, em nenhum momento eles foram tratados como suspeitos do crime, mas a falta de verdade com a real história começou a seguir esse rumo. As versões dadas por Toni foram desmentidas por algumas pessoas ligadas a estudante.
Para o advogado, as afirmações feitas pelo casal foram usadas para denegrir a imagem de Giovanna Tenório, que segundo ele, apresentava um comportamento tranquilo e sem inimigos. Em uma das entrevistas, Toni afirmou que não mais mantinha relacionamento, mas que a estudante arranjava namoradas para ele. Já Mirella Granconato afirmou que o seu desentendimento com a vítima teria sido apenas em setembro do ano passado, mas mensagens encontradas no celular de Giovanna acabaram com a versão.
“A possível gravidez de Giovanna e o seu envolvimento com drogas foram mentiras plantadas para denegrir a imagem dela. Ela não tinha nenhum desentendimento, ao não ser com o casal”, concluiu.