Os envolvidos na operação CID-F, deflagrada pela Polícia Federal e que tiveram a prisão temporária decretada, começam a ser liberados a partir deste domingo (19), conforme apurou a reportagem do CadaMinuto. Os depoimentos dos acusados no esquema estão sendo prestados ao Delegado Federal, Alexandre Borges, responsável pela investigação que aponta um prejuízo de cerca de R$ 12 milhões aos cofres do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
De acordo com assessoria da Polícia Federal, nesta quinta-feira (16), o delegado está concluindo as oitivas das últimas oito pessoas presas. Na operação foram detidas 22 pessoas, entre médicos peritos do INSS, servidores do órgão e as pessoas que foram beneficiadas com o esquema fraudulento. Até o momento, apenas duas pessoas continuam foragidas, com o professor Antonio Cícero Valério da Silva.
A Polícia Federal informou ainda que, o advogado do professor Valério já entrou em contato com o delegado da operação para negociar apresentação do cliente, mas que ainda não compareceu na sede da PF. Ontem, a polícia divulgou que a quadrilha vinha atuando no esquema há pelo menos três anos, e a fraude ocorria para concessão de benefícios pagos pelo órgão, como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.
Os crimes atribuídos aos envolvidos são de estelionato qualificado, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, uso de documento falso, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informações e crime de falsa perícia, que com a soma das penas pode chegar a 40 anos de prisão para o envolvidos.