As faltas ao trabalho e ofensas verbais proferidas por servidores públicos das Polícias Militar e Civil, durante a greve das categorias, serão anistiadas. A decisão do governador Teotônio Vilela Filho (PSDB), confirmada nesta quarta-feira (15) pelo secretário de Defesa Social, Dário César, ocorreu após um acordo firmado entre Governo e lideranças sindicais.

Mas apesar da posição do governo em ‘perdoar’ tais ações ligadas às manifestações dos servidores públicos, o secretário afirma que os excessos registrados, como a depredação do patrimônio público, vão continuam sendo investigados e que os inquéritos para apurar as responsabilidades dos atos serão mantidos.

Durante o mês onde servidores realizaram atos públicos na capital alagoana cobrando um reajuste salarial do governo superior aos 7% oferecidos, atos de vandalismo e destruição do patrimônio puderam ser vistos, na sede do Palácio República dos Palmares, Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e na Assembleia Legislativa de Alagoas.

Mas o que chamou atenção pela ousadia foi o ataque com coquetel molotov arremessado na sede do Quartel-Geral da Polícia Militar, localizado no Trapiche da Barra, em 20 de maio. Na ocasião, a recepção da instituição ficou destruída, após dois homens numa moto quebraram um dos vidros do prédio e jogar os artefatos.

Apesar do Comando Geral acreditar que o ato de vandalismo partiu dos servidores, a categoria negava a autoria. O Comando considerou ainda o atentado como planejado e audacioso pelo local e hora em que foi executado; praticamente no mesmo momento em que servidores invadiam a sede da Secretaria de Fazenda.

Grades de proteção da Assembleia Legislativa foram derrubadas e vidraças do Palácio foram quebradas. Na Sefaz, servidores invadiram o prédio, quebraram portas e passaram a noite acampados no prédio, como forma de protesto em relação a posição do Governo.

Fim das paralisações

Os servidores da Polícia Militar foram os primeiros a aceitar o reajuste de 7% concedido pelo Governo de Alagoas, em assembleia realizada no dia 07 deste mês. A categoria concordou com os 7% retroativos a serem aplicado mês que vem. Entre as exigências da classe, está a retirada da punição, anunciada pelo Secretário Dário César, a líderes do Movimento que participaram de protestos.

Já os servidores da Educação finalizaram a greve de 15 dias no último dia 10. Já a Polícia Civil de Alagoas realizou assembleia nesta terça-feira (14) e decidiu aceitar o reajuste, dando fim a paralisação que já durava 49 dias.