Eventos em vários estados lembram 13 de maio como dia de luta
(...) Em Alagoas, a data será marcada por palestra do professor Charles Moore, na sessão pública que acontece na Assembléia Legislativa. A palestra sobre Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo, como parte do "Ìgbà" – 2º Seminário Afro-Alagoano: "A África que incomoda", é uma parceria do movimento negro alagoano, do Projeto Raízes de Áfricas e diversas instituições. Autor de cinquenta e cinco artigos publicados sobre questões internacionais, Charles Moore lança, nesse dia, o livro "A África que Incomoda".
Em Pernambuco, o Movimento Negro Unificado de Pernambuco, em parceria com o Comitê Estadual de Promoção da Igualdade Etnicorracial (Cepir), realizam atividades do 13 de Maio com o "Não é Dia de Negro: Pérolas Negras do Saber". O evento será marcado por homenagens a personalidades negras de Pernambuco, danças, teatro, musicalidade negra e indígena.
Pra celebrar a data no Rio de Janeiro, o Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam) promove a 2ª Jornada Brasileirafro. A iniciativa tem como objetivo evidenciar a contribuição da cultura africana na formação da identidade brasileira.
No Rio Grande do Sul, o Museu Treze de Maio lança o portal Clubes Sociais Negros no Brasil. A iniciativa conta com parceria do Movimento de Clubes Sociais Negros do Brasil e da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). O objetivo é congregar, no site, todas as associações congêneres do país, possibilitando intercâmbios e parcerias.
No Recôncavo Baiano
E na Bahia, a festa do 13 de maio é realizada todos os anos, desde 1889, no município de Santo Amaro da Purificação, o Bembé do Mercado. Após 123 anos da primeira festa em comemoração à abolição da escravatura, o Bembé do Mercado constitui-se, hoje, em movimento de afirmação dos descendentes de africanos escravizados. Incorporada ao calendário cultural do País, a iniciativa tem forte cunho religioso e evidencia o vigor das manifestações culturais de matriz africana.
De acordo com Rejane Pieratti, representante do terreiro Ilê Oju Onirê, que coordena o grande encontro, as manifestações dos municípios de Santo Amaro, Acupi e Itapema (todos pertencentes ao Recôncavo Baiano) vão além da reprodução de costumes ancestrais. “ Hoje, o Bembé agrega manifestações populares de todo o País, especialmente das áreas rurais do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, evocando a luta contra a escravidão e consolidando valores importantes da cultura afro-brasileira”.
Cultura, arte e literatura serão os temas trabalhados na segunda edição da jornada, para afirmar a importância que têm na constituição da identidade brasileira. Haverá palestras, debates, filmes, roda de capoeira, exposição de artesanato afro, degustação de comidas típicas e um salão especializado em penteados afro.
De Brasília Com agências