Associações militares querem 7% mais correções de datas bases

12/05/2011 02:53 - Polícia
Por Redação
Image

Após o anúncio feito pelo secretário de Defesa Social de que o presidente da Associação dos Cabos e Soldados, Wagner Simas, e o Major Wellington Fragoso, presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar (Assomal) serão acusados de crime militar as lideranças das associações militares, responsáveis pelas greves e manifestações dos últimos dois dias se reuniram.

No release produzido por eles estrategicamente Simas e o major Fragoso não se manifestam pela primeira vez, ficando as falas para o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL), sargento Teobaldo de Almeida e Rogers Tenório, vice-presidente da Associação dos Cabos e Soldados (ACS) de Alagoas.

No texto as associações falam em “perseguição” e decidiram procurar a comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL), Ministério Público e Assembleia Legislativa de Alagoas para denunciar qualquer abuso que o militar venha sofrer devido à paralisação.

No próprio release os líderes do movimento admitem que a orientação nesta procura foi feita pelos advogados do movimento, a principal queixa é com relação aos militares que saiam do plantão de 24 horas e foram obrigados pelo Comando a permanecer nos quartéis para suprir a ausência dos faltosos.

Nesta quinta-feira, 12, as mobilizações continuam e os líderes militares estarão reunidos a partir das 8h30 no Clube dos Sargentos, no Trapiche para traçar os novos rumos das mobilizações para sexta-feira, 13 e sábado, 14.

“Não estamos pedindo reajuste salarial. Tudo que estamos pedindo está em lei e nunca foi cumprido. Queremos o pagamento dos 7% pendente do acordo anterior e as correções das datas bases”, disse o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL), sargento Teobaldo de Almeida.

Para a assembleia geral de sexta-feira, a ser realizada às 15h na Praça Marechal Deodoro, no Centro, a categoria recebe o reforço dos representantes da Associação Nacional dos Praças (Anaspra) de Minas Gerais e Bahia além do deputado estadual de Sergipe, capitão Samuel.

Análise do movimento

De acordo com a análise do movimento grevista o desaquartelamento dos militares foi seguido por quase 100% dos bombeiros de Alagoas, como demonstração de força e união da classe. Em todos os grupamentos do Estado, o número de servidores que se apresentou ao serviço foi mínimo, conforme detalha os líderes militares.

Já na PM, a adesão ao movimento aconteceu em sua maioria nos batalhões: 1º BPM, 4º BPM e 5º BPM. O desaquartelamento, que tem como objetivo o não comparecimento da tropa ao serviço nos quartéis por 48 horas, teve os reflexos sentidos nas ruas e em especial, no Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, que teve seus voos cancelados por conta da paralisação os bombeiros responsáveis por dar suporte aos pousos e descolagens.

Como forma de amenizar a situação, líderes dos bombeiros foram chamados, nesta manhã, pelo comandante geral da tropa, coronel Neitônio de Freitas. Entretanto, após a conversa, nenhum acordo se chegou.

“Estamos firmes em nosso propósito e cada vez mais empenhados em engrossar o movimento em busca de pressionar o governo para uma atenção maior para nossa classe. A nossa missão agora é convencer os policiais militares a se juntar a nós”, informou Rogers Tenório, vice-presidente da Associação dos Cabos e Soldados (ACS) de Alagoas
 

Comentários

Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.

Carregando..