Conhecido, internacionalmente, como um dissidente do regime cubano de Fidel Castro, principalmente por questões que envolvem os conflitos raciais, Carlos Moore militou ao lado de homens e mulheres hoje considerados como ilustres: Malcolm X, Cheikh Anta Diop, Aimé Césaire, Maya Angelou, Stokely Carmichael, Lelia Gonzalez, Walterio Carbonell, Abdias Nascimento, Harold Cruse, Alex Haley, que ocuparam um lugar importante no combate contra o ódio racial, contra a opressão racial, e contra as discriminações e vexames de todo tipo que são inerentes a esse fenômeno criado pela história das relações dos humanos entre si.
Carlos Moore nasceu e cresceu em Cuba e é doutor em Ciências Humanas e doutor em Etnologia da Universidade de Paris-7 na França. Foi consultor pessoal para assuntos latino-americanos do Secretário Geral da Organização da Unidade Africana (atualmente União Africana), Dr. Edem Kodjo, de 1982 a 1983, e consultor pessoal do Secretario Geral da Organização da Comunidade do Caribe (CARICOM), Dr. Edwin Carrington, de 1966 a 2000. Foi assistente pessoal do professor Cheikh Anta Diop, diretor do Laboratório de Radiocarbono do Instituto Fundamental da África Negra, de 1975 a 1980, em Dakar, Senegal.
Dia 13 de maio- Dia de Denúncia Contra o Racismo, a convite do Projeto Raízes de Áfricas, o grande estudioso cubano Carlos Moore, etnólogo e cientista político participa em Alagoas do “Ìgbà”- II Seminário Afro-Alagoano:“A África que incomoda”- Uma abordagem crítica sobre as múltiplas realidades africanas, quando ocorrerá o lançamento do seu livro: “A África que incomoda”.
Segundo a Profa. Dra. Eliane Cavalleiro, Universidade de Brasília"...ler, penetrar e desvendar A África que incomoda é fundamental para fortalecer conhecimentos, argumentos e percepções sobre a imperiosidade de a nação brasileira atravessar o Oceano Atlântico rumo ao Continente Africano. A África que incomoda não constitui um livro para poucos; é, sim, um exemplar a ser lido, relido, criticado e compreendido por todos os brasileiros – negros e não-negros. É, sobretudo, um livro para ser apreciado pelos profissionais da educação – homens e mulheres -, compromissados com o processo de educação das futuras gerações. Sua leitura é muito prazerosa. Mas, acima de tudo, sua leitura é um ato político”.