Meu amigos, vamos deixar claro um coisa. Não conheço nem tenho nada contra o Major Burity, envolvido nessa recente confusão sobre as supostas más condições do Corpo de Bombeiros de Alagoas. Agora, uma coisa é certa, a turma está aproveitando esse caso para faturar em cima do governador.

Não tenho procuração para defender Téo Vilela e nem mesmo gosto de discutir política alagoana, sempre distante das questões ideológicas, mas nesse caso, vale a pena falar pelo menos uma coisa: há um evidente exagero nas críticas imediatas à prisão do militar.

Meu amigo Welton Roberto, do blogue aí de cima, exagera quando relembra o AI 5. É seu estilo, mas me cabe destacar a hipérbole.

É que no meio militar essas prisões são normais, ora essa! Podemos até ser contra esse tipo de prisão militar. Não tenho paciência para a vida militar exatamente porque acho um absurdo alguém ser preso pelo que fala ou pensa. Sou contra até mesmo o fato de polícia e bombeiros serem corporações militares. Mas se o Burity era militar (era Major, diga-se), ele sabia das consequências de sua suposta indisciplina. Outras profissões também têm limitações à liberdade de expressão, como o sigilo imposto ao advogado, por exemplo.

Sendo assim, mesmo se a prisão for considerada ilegal, a reação indignada de alguns não se justifica. Não se justifica chamar o governador de autoritário e muito menos falar em AI 5. É um claro exagero que só serve para obscurecer as verdadeiras questões que interessam. Por exemplo: as más condições do CB denunciadas pelo Major existem mesmo? O que de fato aconteceu no tal incêndio do pavilhão do artesanato? Como danado acabou a água?!

Na verdade, essa zoada toda em torno do assunto é muita espuma, isso sim. Muita espuma e pouca água, pelo visto...