A Segurança Pública de Alagoas vai contar, a partir desta sexta-feira (18), com o apoio de 55 policiais da Força Nacional. A equipe irá trabalhar em conjunto com a Polícia alagoana nas investigações de homicídios registrados no Estado neste início de ano.

Durante uma entrevista coletiva, que reuniu a cúpula da Segurança Pública, o Secretário de Defesa Social, Dário César, explicou que agentes, delegados e escrivães, estarão investigando as mortes de moradores de ruas na capital, ocorridas desde o dia 1º de janeiro. Ao todo, já se somam sete.

Dário César confirmou que, além disso, as equipes estarão também a frente de outros homicídios, mas que darão atenção também aos crimes relacionados ao tráfico de drogas em Alagoas. “O tráfico de drogas ainda é um dos grandes motivos para homicídios no Estado”, ressaltou durante a coletiva.

A Força Nacional vai, ainda, trabalhar nas investigações de dois crimes de repercussão: as mortes por apedrejamento de avó e neta, ocorrida no Benedito Bentes, esta semana, e as ossadas das duas irmãs encontradas no Campus da Ufal, no Tabuleiro do Martins.

A equipe conta com policiais civis, militares e delegados. O secretário explicou também que a Polícia Judiciária irá ficar a frente do trabalho de investigação. Já os militares terão como função o reforço policial de áreas consideradas perigosas na cidade.

O prazo de permanência da Força Nacional no Estado é de 60 dias (2 meses), mas Dário César garantiu que havendo a necessidade, este tempo poderá ser estendido por seis meses. O objetivo da chegada da FN no Estado é para, além de ajudar nas investigações, contribuir para o combate a violência em Alagoas, um dos estados onde os índices são considerados altos e alarmantes.

O delegado Marcílio Barenco destacou que a presença da Força Nacional é “algo que prestigia o Estado”. Ele ressaltou que a integração das Polícias “é natural e necessário”. E lembrou quando era delegado de Polícia no interior de Alagoas, precisava muitas vezes recorrer a Polícia Militar para realizar diligências. “Neste caso, quem vence é o estado de Direito, pois todos trabalham contra o crime”, disse ele.

Barenco fez questão de ressaltar o seu desejo de que a FN tenha sucesso na missão que foi iniciada hoje. Ele espera que a criminalidade seja encarada e que sejam retiradas de circulação pessoas ligadas ao crime. “Tenho certeza de que vocês terão sucesso. Desejo uma boa missão em Alagoas”, concluiu ele.

Desta vez, Alagoas conta com o reforço de 55 operadores de segurança, sendo 30 policiais militares e 25 policiais civis - sendo quatro delegados, 12 agentes e nove escrivães. Os militares vão trabalhar em conjunto com o Bope, Rádio Patrulha, Polícia Federal e Rodoviária Federal em grandes operações. Já os civis vão atuar junto ao delegado geral, Marcílio Barenco. Os focos de atuação serão os mesmos: combate ao tráfico de drogas, prevenção e esclarecimento de homicídios.

Com assessoria