O advogado criminalista Evaldo Campos responsável pela defesa do foragido Floro Calheiros, acusado de praticar vários crimes em Sergipe, diz que vai relatar tudo que aconteceu com seu cliente, inclusive dando ‘nome aos bois’.
“Não vou poupar ninguém porque não posso fazer a defesa de Floro sem levar à sociedade tudo o que aconteceu e quem, de alguma forma, colaborou para a situação que ele se encontra”, disse Evaldo Campos.
O julgamento de Floro Calheiros está marcado para o dia 06 de Abril, na 5ª Vara Criminal. “Ele não comparecer”, anuncia Evaldo Campos, dizendo que isso não impede que o júri aconteça. O advogado diz que não existe nenhuma prova dos crimes a ele culpados e diz que cabe ao Ministério Público prová-los.
“Vou dizer os nomes de todas as pessoas que for necessárias para a defesa de Floro Calheiros, custe o que custar”, disse Evaldo, acrescentando que aos jurados, dará os nomes por escrito, mas “para o público, citarei apenas as iniciais”.
Segundo ainda Evaldo Campos, nada ficará sem ser esclarecido. “Nem as razões das causas, assim como os que estiverem envolvidos”. Será abordado desde o roubo das urnas em Canindé do São Francisco, referente às eleições municipais, até as duas fugas que aconteceram em Aracaju.
O foragido Floro Calheiros é acusado de ser o autor intelectual do atentado ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Luiz Mendonça, em setembro do ano passado. O processo não foi concluído, embora a Secretaria de Segurança Pública tenha efetuado prisão de pessoas que supostamente participaram da ação para assassinar o desembargador.
O foragido Floro Calheiros concedeu entrevista exclusiva ao semanário Cinform e revelou as razões de sua fuga e acusou a polícia de ter planos para matá-lo. A Secretaria de Segurança se apressou em desmentir o que Floro conversou com os jornalistas, mas não esteve em Aracaju.
Segundo uma fonte da Secretaria de Segurança, na entrevista o “foragido Floro Calheiros passa a imagem de bom moço, que nunca praticou nenhuma violência e que está ameaçado de morte por algumas autoridades sergipanas”. Segundo a mesma fonte, Floro desrespeitou a sociedade de Sergipe ao pedir, em tom de ameaça, que tivesse cuidado com filhos e parentes.