Um crime brutal deixou moradores do Conjunto Carminha, no complexo Benedito Bentes 02, em Maceió, revoltados na noite desta terça-feira (15). Josefa Gomes Ferreira, 55 anos, acabou sendo morta a tijoladas, e em seguida o criminoso foi para o quarto onde possivelmente abusou sexualmente da neta com cinco anos e a matou da mesma forma.

O CadaMinuto conversou com exclusividade, com a filha de Josefa Gomes, que relatou todo ocorrido. A cabeleireira Delfina Gomes Ferreira, 38, falou que sua filha, Amara Alice Estevam Gomes da Paz ficou sob os cuidados da avó enquanto levava o outro filho que estava doente ao hospital.

“Deixei minha filha com minha mãe para levar meu outro filho ao hospital que está doente. Quando estava no hospital recebi a ligação informando do que tinha ocorrido”, explicou Delfina.

A primeira pessoa que chegou à residência foi a neta mais velha, Deysyelle Gomes. Segundo ela, notou um silêncio na casa e ao chamar pela avó, ninguém respondia. Ao entrar na casa, encontrou a avó morta no chão.

“Bati na porta diversas vezes e achei estranho ninguém responder. Fui para os fundos da casa, encontrei a porta um pouco aberta e as luzes apagadas. Quando liguei as luzes, minha avó estava chão com um pano cobrindo a cabeça”, disse a neta.

Ainda de acordo com Deysyelle, ao levantar o pano tomou um susto ao notar que Josefa Gomes estava com a cabeça esmagada. “Quase morri com uma falta de ar corri para o quarto para olhar minha irmã e ela estava nua e morta”, disse chorando.

Josefa Gomes e a pequena Amara Alice foram mortas a pedradas. Para a filha de Josefa, os gritos antes de morrer foram ouvidos a distância, mas os vizinhos disseram que não ouviram nada. “Da outra rua ouviram os gritos de socorro, ainda não entendi como os vizinhos dela não ouviram nada”, falou Delfina Gomes.

A cabeleireira também revelou que a mãe tinha o costume de sempre deixar a porta dos fundos aberta. “Moro praticamente nos fundos da casa dela e sempre tinha a mania de deixar a porta encostada. Quero justiça fizeram uma barbaridade com duas pessoas inofensivas e não pode ficar assim preciso de ajuda urgente”.

A reportagem apurou que Josefa Gomes tinha inimizades com alguns vizinhos, mas a filha descarta que o crime possa ter sido por vingança. “Não acredito nesta possibilidade”, finalizou chorando.

A Polícia ainda não conseguiu identificar os autores do bárbaro crime, que deve ter sido praticado por mais de uma pessoa. Os corpos foram examinados e encaminhados para o Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML), no bairro do Trapiche da Barra.

O laudo final que confirmará se a criança sofreu violência sexual será emitido pelo IML após a realização dos exames cadavéricos. O crime deverá ser investigado pela Delegacia de Homicídios, sob a responsabilidade da delegada Sheila Carvalho Dantas. A Polícia deve ainda intimar parentes e vizinhos das vítimas para prestarem depoimentos.