Escrever poesia é como colher estrela cadente
Pintadas com as cores do mar
Embriagadas com o brilho da lua cheia.
Escrever poesia é igualzinho a crer na essência da pessoa que anda ao nosso lado, sem a violação vilã da hipocrisia humana.
Quem escreve poesia- já dizia- o doce velhinho Mário Quintana - que os anjos tenham tecido para ele um cobertor com as notas do-ré-mi,
Transformando o “so” em sol que agasalhe neste andar debaixo as letras que Quintana bordou.
Na minha adolescência o poeta dormitava entre sonhos e a cabeceira da cama.
A poesia chegava serenamente simples afogando as contradições e inquietações juvenis.
A palavra de Quintana foi um dos meus versículos na construção das muitas e outras palavras.
Eu na vida passarinho.
Ave, ave poeta!
Quintana, o poeta, me ensinou a mastigar a palavra com o caldo da emoção.
Emoção como tsunami de letras partidas cunhadas em becos devassos.
Bom dia poesia!