Atualizada às 10h04

Uma operação desencadeada pela Polícia Rodoviária Federal de Alagoas cumpriu mandados de prisão temporária e busca e apreensão expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. O objetivo da ação, que acontece nesta quarta-feira (24), é desarticular uma quadrilha especializada na adulteração de combustíveis e sonegação de impostos.

Os mandados da operação, intitulada “Leão de Fogo”, estão sendo cumpridos em pelo menos seis municípios alagoanos. Cerca de 150 agentes da polícia rodoviária federal de 14 estados brasileiros participam da operação, além da Secretaria da Fazenda, Ministério Público Estadual  com Gecoc e Justiça Estadual.

Em Maceió, a polícia prendeu em sua residência o empresário Alex Sandro Gomes dos Santos. Durante uma revista no local, os agentes encontraram uma pistola calibre 380, além de 34 munições. A arma foi apreendida e o empresário detido.

Já no município de Arapiraca, foi preso o policial militar Paulo Ricardo Sales, que está sendo trazido para a capital em uma das viaturas da PRF. Na mesma cidade foram detidos ainda José Roberto de Souza; Cícero Roni Charles dos Santos, José Batista da Silva Neto – que estava de posse de um revólver – e quatro funcionários de postos de combustíveis, que não tiveram a identidade revelada até o momento. Anderson dos Santos, que estava com duas espigardas, Anderson Alcântara Texeira, gerente do posto de combustíveis, e José Batista da Silva Neto, armado com revólver.

Os empresários Martins Cecato, 64, e Cícero Lopes dos Santos, 33, foram detidos em um posto de combustíveis na cidade de Rio Largo. Além das prisões, os agentes apreenderam no local máquinas caça-níqueis. Já Severino Trimas dos Santos foi detido na Barra de São Miguel.

Em Campo Alegre, duas pessoas foram detidas na Fazenda Roncador, em Campo Alegre. Elas foram identificadas como Laelson Adriano dos Santos, o gerente da fazenda, e Antônio Rocha. No local, a polícia apreendeu três espingardas de calibre 12.

Devido a comercialização de produtos adulterados, pelo menos 13 postos de combustíveis acabaram sendo lacrados durante a ação policial.

A operação

O assessor nacional da PRF, Alexandre Castilho, veio a Maceió para coordenar a operação. De acordo com Castilho, as investigações sobre a adulteração em combustíveis teve início após a PRF receber várias denúncias de consumidores que tiveram problemas com seus veículos após realizarem o abastecimento em alguns postos.

O trabalho de investigação demorou vários meses. Após as denúncias, a PRF começou a trabalhar na identificação dos postos. Foi a partir deste relatório, que a polícia encaminhou este material ao MPE, que solicitou à Justiça as prisões dos envolvidos.

De acordo com a polícia, a adulteração era feita pelos próprios donos de postos, que adicionavam água no álcool, após receberem o produto das distribuidoras.

Detalhes da operação

Uma entrevista coletiva está marcada para às 15 horas na sede do Ministério Público Estadual, onde deverão ser repassados à imprensa maiores detalhes sobre a operação e as investigações que culminaram com as solicitações das prisões. 

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